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Golpe da Tarefa dispara 75% e vira principal ameaça no Brasil; conheça

O Golpe da Tarefa: Uma Ameaça em Ascensão no Brasil

O Golpe da Tarefa, também conhecido como Golpe das Missões ou da Renda Extra, tem sido uma das principais ameaças cibernéticas no Brasil, com um crescimento vertiginoso de 75% em um ano, de acordo com uma pesquisa da empresa de cibersegurança Redbelt Security. Essa fraude, que surgiu no sudeste asiático, foi adaptada para o ambiente brasileiro, utilizando ferramentas como Telegram e WhatsApp para atrair vítimas.

Os golpistas oferecem trabalho temporário, renda extra ou pequenas tarefas simples, como avaliação de produtos ou curtidas em postagens, com recompensa financeira. Inicialmente, são pagos valores entre R$ 5 e R$ 20 para que o usuário crie confiança. No entanto, com o tempo, os cibercriminosos começam a exigir depósitos progressivos sob o pretexto de liberar tarefas novas, mais bem pagas, roubando valores cada vez maiores da vítima.

Como o Golpe da Tarefa Funciona

  • Os golpistas oferecem tarefas simples, como dar curtidas ou avaliar produtos, em troca de ganho financeiro.
  • Após a criação de confiança, os cibercriminosos exigem depósitos progressivos para liberar tarefas novas.
  • Os golpistas se aproveitam do nome de grandes marcas para conquistar a confiança da vítima.

Essa fraude híbrida complexa mistura phishing, engenharia social e distribuição de malwares, tornando-se uma ameaça significativa para a segurança digital. Além disso, o uso de contas laranjas recrutadas no próprio país dificulta o rastreamento dos valores roubados.

Prevenção e Educação

Para se proteger contra o Golpe da Tarefa, é fundamental ter conhecimento sobre as táticas utilizadas pelos cibercriminosos e ser cauteloso ao receber ofertas de trabalho ou renda extra. A educação social é essencial para ensinar os usuários a desconfiar e não agir com ansiedade sob necessidade financeira.

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Uma pesquisa da empresa de cibersegurança Redbelt Security identificou um crescimento vertiginoso do Golpe da Tarefa, também chamado de Golpe das Missões ou da Renda Extra, já alçado a uma das principais ameaças do ano. Pesquisando na deep web, os especialistas encontraram 128 grupos ativos ligados à fraude no Brasil.

Em setembro de 2024, os grupos monitorados somavam 73, um aumento anual de 75%. A fraude é uma variação de uma modalidade surgida no sudeste asiático, como Sha Zhu Pan. Por aqui, foram realizadas adaptações ao ambiente Pix e utilizando ferramentas como Telegram e WhatsApp para atrair vítimas.

Como é o Golpe da Tarefa

Você deve conhecer ao menos uma pessoa que já recebeu essa proposta: os golpistas oferecem trabalho temporário, renda extra ou pequenas tarefas simples, como avaliação de produtos ou curtidas em postagens, com recompensa financeira. Inicialmente, são pagos valores entre R$ 5 e R$ 20 para que o usuário crie confiança.


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A vítima é instruída a concluir tarefas simples, como dar curtidas ou avaliar produtos, em troca de ganho financeiro: com o tempo, são roubados dados ou dinheiro (Imagem: Freepik)
A vítima é instruída a concluir tarefas simples, como dar curtidas ou avaliar produtos, em troca de ganho financeiro: com o tempo, são roubados dados ou dinheiro (Imagem: Freepik)

Após isso, no entanto, os cibercriminosos começam a exigir depósitos progressivos sob o pretexto de liberar tarefas novas, mais bem pagas, roubando valores cada vez maiores da vítima. O golpe evoluiu da “simples” fraude financeira para a distribuição de aplicativos falsos, pedindo permissões exacerbadas e roubando credenciais, senhas de banco e autenticação por dois fatores.

À CNN, o CEO da Redbelt, Eduardo Lopes, contou que o golpe se tornou uma fraude híbrida complexa, misturando phishing, engenharia social e distribuição de malwares. No Brasil, há uma rede de contas laranjas recrutadas no próprio país, movimentando os valores roubados e dificultando o rastreamento.

Os golpistas se aproveitam do nome de grandes marcas, como Magazine Luiza, Mercado Livre, AliExpress, Shein e Shopee para conquistar a confiança da vítima.

Esse spoofing de marca prejudica a reputação das empresas e as força a melhorar mecanismos de detecção de fraude: os bancos, que também são impactados pelo uso massivo de Pix e gargalo nos monitoramentos antifraude, também precisam evoluir seus algoritmos e sistemas de devolução.

Algumas variantes mais complexas do golpe ainda simulam recrutamento profissional e trazem promessas de vagas fixas ou oportunidades de trabalho remoto. Agora, são enviados até mesmo trojans de acesso remoto, ganhando acesso total ao telefone da vítima.

Além da segurança digital, conclui Lopes, o problema é uma questão de educação social: os usuários precisam ser ensinados a desconfiar, não agir com ansiedade sob necessidade financeira e não confiar demais no uso de marcas conhecidas.

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VÍDEO | O que é e como detectar fraude em anúncios mobile [GMIC 2017]

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