Descoberta de Fóssil “Little Foot” Pode Representar Nova Espécie de Ancestral Humano
O fóssil StW 573, conhecido carinhosamente como “Little Foot”, é um dos esqueletos de hominídeos mais completos e bem preservados já encontrados. Um novo estudo sugere que ele pode representar uma espécie ancestral dos humanos até então desconhecida. A equipe internacional que realizou o estudo verificou que o crânio do exemplar difere de outras espécies tradicionalmente associadas ao sistema de cavernas de Sterkfontein, na África do Sul, onde foi descoberto.
Little Foot foi inicialmente atribuído à espécie Australopithecus prometheus, mas outros pesquisadores defendiam que ele deveria ser considerado como parte do grupo Australopithecus africanus. Para reexaminar essa controvérsia, os pesquisadores adotaram uma estratégia baseada na análise minuciosa da morfologia craniana do espécime, com foco especial na região conhecida como occipito-parietal.
Resultados do Estudo
Os resultados do estudo mostram que Little Foot não compartilha afinidades diretas com representantes de A. prometheus. Em vez disso, ele apresenta diferenças marcantes, como uma incisura asteriônica bem definida, uma protuberância occipital externa robusta e um plano nucal mais longo e voltado inferiormente – características ausentes em MLD 1, um fóssil clássico atribuído a A. africanus.
Com isso, os autores defendem que A. prometheus não deve ser tratado como uma espécie válida, mas sim como um sinônimo júnior de A. africanus. No entanto, eles também sugerem que Little Foot pode representar uma nova espécie de ancestral humano, ainda não descrita.
- Little Foot não se parece com Australopithecus prometheus;
- Little Foot não se parece com todos os exemplares de Australopithecus africanus de Sterkfontein;
- As diferenças concentradas na base posterior do crânio são particularmente relevantes, pois essa região tende a mudar lentamente ao longo da evolução.
Os autores do estudo optaram por não batizar formalmente a nova espécie, argumentando que essa decisão deve caber à equipe que dedicou mais de 20 anos à escavação e ao estudo do fóssil.
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