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Filhotes de leão são vistos em parque na África pela 1ª vez em décadas; veja vídeo


Pela primeira vez em décadas, imagens de três filhotes de leão foram capturadas no Parque Nacional Bamingui-Bangoran, localizado no nordeste da República Centro-Africana (RCA). Os bebês estavam acompanhados de uma leoa.
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Através dos vídeos, pesquisadores conseguiram obter evidências da presença de leões na região. A presença dos filhotes no Parque Nacional é consequência dos esforços de conservação: “Este é o resultado de anos de proteção e paciência incansáveis”, disse o diretor de Programas da Wildlife Conservation Society (WCS), Armand Luh Mfone, para o site IFLScience.
“O governo da RCA, a WCS e seus parceiros trabalharam arduamente para proteger esta paisagem contra a caça ilegal e conflitos. Ver não apenas uma leoa, mas uma mãe criando filhotes, dá esperança de que o ecossistema esteja se recuperando.”
Veja o vídeo:
Ameaçados de extinção
Os leões começaram a entrar em extinção na República Centro-Africana devido à caça ilegal, perda de habitat e conflitos com os humanos. Durante algum tempo, foram avistados apenas machos na área e pesquisadores ficaram preocupados com a diminuição populacional dos felinos. Mas, em 2019, uma fêmea foi avistada na região.
Após passarem 6 anos, ninguém avistou mais nenhuma fêmea até agosto deste ano. Os especialistas observaram que a leoa encontrada estava amamentando — trazendo uma evidência concreta que descendentes foram gerados e a população de leões não iria declinar. Com isso, eles começaram a pensar em formas de observar a fêmea sem serem invasivos no ambiente.
“Combinamos imagens de satélite com conhecimento de campo e compreensão do comportamento dos leões para localizar propriedades de alto valor para uma leoa-mãe – afloramentos rochosos, corredores florestais perto de áreas de savana e fontes de água”, afirma John Guernier, diretor do Parque Nacional Bamingui-Bangoran da WCS.
“Instalamos câmeras em estradas e trilhas que levam a esses locais; evitamos os possíveis locais de toca para não perturbar os filhotes, e só nos restava torcer para que ela os guiasse para além de nossas câmeras. Depois de semanas de espera, nosso plano finalmente deu certo”, acrescentou.
A partir dos vídeos, os pesquisadores conseguiram evidências de que existem três filhotes com cerca de 4 meses de idade. Para a equipe, a situação é um marco de conservação da população de leões. “Os três filhotes mostram o que é possível quando os habitats permanecem intactos e a conservação é persistente”, declara Luke Hunter, Diretor Executivo do Programa de Grandes Felinos da WCS.
“Onde há uma leoa, é quase certo que haverá mais; e agora que sabemos que há pelo menos uma ninhada, tenho certeza de que outras virão”, ressalta Hunter. “Com nossos parceiros e o governo da RCA, estamos determinados a dar a esses filhotes a maior chance possível de viver como leões selvagens, livres de perseguição. Se tivermos sucesso, daqui a muitos anos os descendentes desses filhotes farão parte de uma população próspera e protegida, com centenas de indivíduos”.