Falha no Chrome pode afetar bilhões de usuários, alerta especialista
Uma nova falha no Google Chrome e em outros navegadores baseados no Chromium pode travar completamente o navegador em questão de segundos. A vulnerabilidade, apelidada de Brash, foi descoberta pelo pesquisador de segurança Jose Pino e pode afetar mais de 3 bilhões de usuários em todo o mundo.
O problema está no mecanismo responsável por renderizar páginas da web e ainda não recebeu correção oficial do Google. A falha explora uma função chamada document.title, usada por sites para definir o título da aba, e permite alterar esse título milhões de vezes por segundo, o que sobrecarrega o sistema e faz o navegador travar.
O que causa o travamento
Segundo o pesquisador Jose Pino, o problema está no Blink, o motor de renderização do Chromium, responsável por exibir textos, imagens e animações dentro do navegador. A falha permite que o título da aba seja alterado milhões de vezes por segundo, o que sobrecarrega o sistema e faz o navegador travar.
O tamanho do impacto
Como o Chromium serve de base para grande parte dos navegadores modernos, o impacto da vulnerabilidade é considerado amplo. Apenas o Google Chrome soma mais de 3 bilhões de usuários ativos, o que eleva o risco de travamentos em massa caso a falha seja explorada em larga escala.
Embora o bug não permita roubo de dados nem invasão de sistemas, ele pode causar perda de informações não salvas e interrupções de trabalho, especialmente em empresas e ambientes corporativos que dependem do navegador para operações críticas.
O que diz o Google
Jose Pino afirma ter relatado o problema à equipe do Chromium em 28 de agosto e reenviado o alerta dois dias depois. Até o momento, porém, não houve resposta oficial nem lançamento de um patch corretivo.
O Google informou que está investigando o caso, mas não divulgou prazo para atualização. Outras empresas que usam o Chromium, como a Brave Software, afirmaram que aplicarão a correção assim que o código oficial for liberado.
O que o usuário pode fazer
Enquanto a falha não é corrigida, é interessante tomar algumas medidas preventivas, como:
- Evitar clicar em links suspeitos
- Manter o navegador atualizado
- Não visitar sites desconhecidos
- Ativar o salvamento automático de abas e documentos importantes
Em ambientes corporativos, usar navegadores com motores independentes, como Firefox ou Safari, ainda que temporariamente, pode ser uma maneira de evitar perdas de arquivos em casos de falha.
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