A Exposição Fotografia AGNÈS VARDA Cinema: Um Encontro com a Obra da Artista
A exposição Fotografia AGNÈS VARDA Cinema, que acontece no IMS Paulista, é uma oportunidade única para conhecer a obra da renomada artista Agnès Varda, uma das figuras centrais da Nouvelle Vague francesa. A mostra reúne cerca de 200 imagens, a maioria tirada entre as décadas de 1950 e 1960, e demonstra como a fotografia foi o ponto de partida e a espinha dorsal de seu olhar.
Entre as imagens expostas, destacam-se os registros da Paris de 1954, feitos no pátio de sua casa na rue Daguerre, lado a lado com as imagens captadas em suas andanças pelo mundo. Além disso, a exposição apresenta um dossiê político e social construído por Varda em suas viagens, com registros inéditos feitos na China em 1957, capturando o país após a Revolução Maoísta, e imagens feitas em Cuba pós-revolução (1962), muitas delas utilizadas em seu curta Saudações, cubanos!
O olhar de Varda, seja ele através de uma Leica fotográfica ou uma câmera 16mm, era sempre caracterizado pelo comprometimento social, o olhar afetuoso e o humor. A curadoria, assinada por sua filha, Rosalie Varda, e pelo diretor artístico do IMS, João Fernandes, enfatiza esses aspectos da obra da artista.
Destaque da Exposição
- Registros inéditos feitos na China em 1957, capturando o país após a Revolução Maoísta
- Imagens feitas em Cuba pós-revolução (1962), muitas delas utilizadas em seu curta Saudações, cubanos!
- Um painel essencial sobre sua passagem pela Califórnia, onde documentou a mobilização dos Panteras Negras em Oakland (1968)
Para enriquecer a experiência, a exposição apresenta trechos de filmes e, em diálogo, o Cinema do IMS Paulista exibirá uma mostra de seus trabalhos. A sessão de abertura será no domingo, dia 30/11, às 15h, com a exibição de três curtas essenciais (Os Panteras Negras, Saudações, cubanos! e A Ópera-Mouffe), seguida de um bate-papo com Rosalie Varda.
A mostra ainda culmina com a instalação Instantes parados (2012), onde Varda investiga o movimento inverso, extraindo fotogramas de seu filme Os renegados. A obra é “a prova de que, até os últimos anos de sua carreira, Varda permaneceu inquieta, sempre em busca de novas formas de olhar, de pensar e de compartilhar as imagens”.
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