bukib
0 bukibs
Columbus, Ohio
Hora local: 07:41
Temperatura: -5.6°C
Probabilidade de chuva: 0%

Estudo aponta riscos da exposição excessiva de telas na primeira infância

O uso excessivo de telas na primeira infância pode ter impactos negativos significativos no desenvolvimento das crianças, afetando áreas como o sono, o desenvolvimento cognitivo e a saúde ocular. De acordo com um estudo recente, a exposição passiva ou excessiva às telas está associada a alterações nas estruturas cerebrais responsáveis pelo desenvolvimento da linguagem e da regulação emocional.

Os resultados do estudo mostram que crianças de dois anos com mais de uma hora de exposição diária às telas podem desenvolver problemas relacionados à linguagem, especialmente nos campos da compreensão e do vocabulário. Já entre crianças de três anos expostas às telas por duas horas ou mais por dia, foi observado maior risco de problemas de comportamento, desenvolvimento e linguagem.

Impactos de acordo com a faixa etária

O estudo também revelou que a presença de televisão no quarto de crianças de 2 a 8 anos de idade foi associada a uma hora a mais de tempo de tela por dia, o que desencadeou problemas relacionados ao sono nesse grupo. Além disso, a exposição a conteúdos inapropriados, como programas de conteúdo adulto na TV, pode afetar negativamente o desenvolvimento das crianças, aumentando o risco de transtornos invasivos do desenvolvimento e comportamento oposicional desafiante.

A qualidade do conteúdo acessado também é um fator importante, pois a exposição a conteúdos violentos pode afetar de diferentes formas a vida das crianças, incluindo o desenvolvimento de comportamentos hostis. O estudo destaca que a exposição a esses conteúdos representa um alto risco de fomentar comportamentos hostis, dessensibilização à violência, pesadelos, ansiedade, depressão e medo de serem machucados.

Medidas a serem adotadas

Diante desse cenário, as recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria incluem:

  • 0 a 2 anos: nenhuma exposição a telas e mídias digitais;
  • 2 a 5 anos: até uma hora por dia, sempre com supervisão de adultos;
  • 6 a 10 anos: até duas horas por dia;
  • 11 a 17 anos: até três horas por dia.

Além disso, é importante adotar cuidados gerais, como não usar dispositivos e mídias digitais de forma isolada no quarto, evitar o uso de dispositivos durante as refeições e adotar a mediação parental para monitorar o tempo de uso e a exposição a conteúdos.

O estudo também faz um chamado ao apoio a legislações que regulam a publicidade voltada à infância no ambiente digital e à promoção de campanhas nacionais e formação de profissionais voltadas à conscientização sobre os riscos do acesso precoce às telas.

Este conteúdo pode conter links de compra.

Fonte: link