Estratégia Climática: Da Fibra ao Pós-Consumo
O setor têxtil é um dos mais poluentes do planeta, e a forma como produzimos e consumimos roupas tem um impacto significativo no meio ambiente. Com a meta de não ultrapassar o aquecimento de 1,5 °C até 2030, é fundamental repensar nossas escolhas e práticas.
A moda é um dos setores mais afetados por essa questão, pois os processos de produção, consumo e descarte ainda estão longe do ideal. No entanto, quando as marcas optam por tecidos de menor impacto e contribuem para mapear o ciclo do processo, elas se mostram responsáveis e colaboram para a mitigação dos efeitos climáticos.
Descartes de Roupas
Os descartes de roupas são um problema grave, especialmente os feitos de plástico, que não desaparecem, mas se fragmentam e acabam em aterros, lixões ou são enviados a países do Sul Global, gerando sobrecarga ambiental e injustiça socioambiental. É nossa responsabilidade compreender a gravidade desse cenário e colaborar para novas práticas.
- Materiais naturais regenerativos, como algodão agroecológico, cânhamo, juta e fibras recicladas, são soluções que podem reduzir as emissões de CO₂.
- Ao repensar os materiais, também somos levados a repensar o ritmo, pois não existe tecido verdadeiramente sustentável numa lógica de hiperprodução.
- Selecionar materiais sustentáveis e reduzir o excesso de produção são passos importantes para uma estratégia climática eficaz.
Rastreabilidade e Circularidade
Outro ponto essencial é a rastreabilidade, que permite que os consumidores façam escolhas informadas e que as marcas sejam responsabilizadas pelo que colocam no mercado. Além disso, é urgente fortalecer modelos que valorizem a circularidade, como reparo, reuso, revenda, upcycling e reciclagem têxtil real.
De acordo com dados da Abrelpe, no Brasil, 85% dos resíduos têxteis gerados por ano são descartados em aterros, o que equivale a 4 milhões de toneladas poluindo o meio ambiente. É fundamental repensar nossas práticas e escolhas para um futuro mais sustentável.
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