O Cometa 3I/ATLAS: Um Visitante Interestelar em Nossa Porta
O cometa 3I/ATLAS tem sido o centro das atenções dos astrônomos em todo o mundo devido à sua origem misteriosa e à sua passagem pelo nosso Sistema Solar. Com uma velocidade aproximada de 210 mil km/h, este corpo interestelar representa uma oportunidade valiosa para estudar um viajante cósmico de outro sistema estelar.
O 3I/ATLAS é o terceiro corpo interestelar conhecido a cruzar o nosso Sistema Solar, precedido pelo asteroide 1I/ʻOumuamua e pelo cometa 2I/Borisov. Sua designação “3I” indica a ordem de descoberta, enquanto “ATLAS” remete ao projeto Asteroid Terrestrial-impact Last Alert System, responsável por detectar sua passagem em julho de 2025.
O Que Sabemos Sobre o 3I/ATLAS?
Logo após sua identificação, observatórios terrestres e espaciais perceberam que a órbita do 3I/ATLAS é hiperbólica, ou seja, não segue um caminho fechado ao redor do Sol. Isso é um sinal de que ele não pertence ao nosso sistema. Cálculos realizados pela Nasa indicam que o cometa deve deixar o Sistema Solar até janeiro de 2026.
Alguns dos registros mais notáveis do cometa incluem imagens captadas pela sonda chinesa Tianwen-1, que orbita Marte, e pelas missões da Agência Espacial Europeia, como a Mars Express e a ExoMars Trace Gas Orbiter. Essas imagens revelam detalhes impressionantes da coma e da anticauda do cometa.
Trajetória do Cometa em Tempo Real
É possível acompanhar a trajetória do 3I/ATLAS em tempo real através de sites como os da Nasa e ESA, além de plataformas que oferecem dados e simulações gratuitas, como:
- The Sky Live: atualiza constantemente a posição e a distância do cometa em relação à Terra e indica em qual constelação ele se encontra;
- 3IAtlasLive: gera mapas 2D interativos baseados em informações do sistema Horizons, permitindo visualizar o deslocamento do cometa pelo Sistema Solar;
- Eyes on the Solar System, da Nasa: simulador 3D que exibe, em tempo real, a movimentação do cometa e de outras missões espaciais.
Além disso, é possível assistir à trajetória do cometa através de canais do YouTube que usam dados do JPL e do MPC. Vale lembrar que a passagem do cometa não representa qualquer risco de acidentes para o planeta.
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