Um Novo Implante Cerebral Revoluciona a Tecnologia Médica
Um grupo de pesquisadores da Universidade Cornell, nos EUA, desenvolveu um implante neural sem fio menor que um grão de sal, capaz de registrar e transmitir a atividade elétrica do cérebro por mais de um ano em um animal vivo. Esse dispositivo, chamado de MOTE (eletrodo optoeletrônico em microescala), foi apresentado em um estudo publicado na revista Nature Electronics e representa um grande avanço na tecnologia médica.
O MOTE é alimentado por feixes de laser vermelho e infravermelho, que atravessam o tecido cerebral sem causar danos. A energia é capturada por um diodo semicondutor feito de arseneto de alumínio e gálio, que converte a luz em eletricidade para ativar o circuito interno. Quando os neurônios disparam, o dispositivo devolve a informação usando pulsos de luz infravermelha minúsculos, modulados para codificar os sinais elétricos do cérebro.
Como o MOTE Funciona
- O MOTE é alimentado por feixes de laser vermelho e infravermelho.
- A energia é capturada por um diodo semicondutor feito de arseneto de alumínio e gálio.
- O dispositivo devolve a informação usando pulsos de luz infravermelha minúsculos, modulados para codificar os sinais elétricos do cérebro.
O dispositivo foi implantado no córtex somatossensorial primário de camundongos para registrar atividade neural. Nos testes iniciais, o dispositivo foi avaliado primeiro em culturas de células, e depois implantado em camundongos. Por mais de doze meses, o implante registrou com precisão os picos de atividade elétrica dos neurônios e padrões sinápticos mais amplos, enquanto os animais permaneciam saudáveis e ativos.
O MOTE abre novas possibilidades para monitoramento neural e sensores biointegrados em escala microscópica. Por ser feito de materiais compatíveis com ressonância magnética, o MOTE pode registrar sinais elétricos mesmo durante exames clínicos. O potencial de aplicação vai além do cérebro, podendo ser adaptado para monitorar a medula espinhal ou outros tecidos nervosos.
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