Esqueça o “PC barato”: visitamos a fábrica da Positivo e a realidade surpreende
A Positivo Tecnologia, uma das principais fabricantes de computadores do Brasil, abriu suas portas para a imprensa e mostrou que sua operação vai muito além da simples montagem de computadores. Com uma estratégia tripla de diversificação de portfólio, verticalização da produção e democratização do acesso à tecnologia, a empresa busca manter sua posição no mercado de notebooks até R$ 2.500 no Brasil.
A visita às plantas industriais do Polo Industrial de Manaus (PIM) revelou que a Positivo não quer mais ser vista apenas como “fabricante de computadores baratos”. Com quase 42 mil metros quadrados de área fabril, duas unidades fabris e cerca de 1.300 colaboradores, a empresa produz desde placas-mãe e baterias para laptops, celulares e urnas eletrônicas até maquininhas inteligentes de pagamento, passando por notebooks e tablets de marca própria e da VAIO.
Verticalização como estratégia de sobrevivência
A decisão de verticalizar a produção em Manaus é uma estratégia de sobrevivência em um mercado cada vez mais competitivo. Além de reduzir custos, a verticalização permite à empresa ter mais independência, capacidade de decisão e agilidade. A fabricação de placas-mãe e baterias na Boreo Componentes, subsidiária da Positivo, é um exemplo claro dessa filosofia.
- A fabricação de placas-mãe e baterias permite à empresa ter mais controle sobre a produção e a qualidade dos componentes.
- A verticalização também se manifesta no desenvolvimento de maquinário próprio, que dispensa contratos de manutenção e permite à empresa maior autonomia.
- Os robôs colaborativos desenvolvidos internamente são mantidos por técnicos que nunca haviam visto equipamentos similares antes de serem treinados pela empresa.
Diversificação para reduzir dependência
A estratégia da Positivo de atuar em múltiplas frentes não é novidade, mas ganhou relevância nos últimos anos como forma de mitigar riscos e aproveitar sinergias entre diferentes segmentos. A empresa fabrica maquininhas inteligentes de pagamento, notebooks e tablets das marcas Positivo e VAIO, smartphones e servidores de alta performance para data centers de inteligência artificial.
A diversificação do portfólio também passa por maquininhas inteligentes de pagamento e urnas eletrônicas, que são feitas na planta da Positivo em Manaus. A expectativa é que, até 2026, a empresa entregue um superservidor de IA a uma empresa brasileira que deverá usar mais de 2 mil chips B200 da NVIDIA.
Inteligência artificial como eixo de transformação
A inteligência artificial deixou de ser uma promessa futurista para se tornar o grande catalisador de mudanças na Positivo — tanto nos produtos quanto nos processos industriais. A recém-lançada linha Vision, primeira do país a vir com minitela integrada, exemplifica essa estratégia.
A linha Vision traz a MIA (Minha Integração Artificial), assistente pessoal baseada em IA já integrada nativamente ao sistema. O objetivo é oferecer modelos acessíveis e com bom custo-benefício para 90 e tantos por cento da população que não teve contato com IA até agora começar a fazer as perguntas e receber respostas de uma forma mais prática.
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