Esforços da Meta em Proteger Jovens: Uma Análise Crítica
Uma análise conduzida por especialistas, liderada pelo ex-engenheiro sênior da Meta, Arturo Béjar, revelou que a maioria das ferramentas de segurança lançadas no Instagram não cumpre seu papel de proteger crianças e adolescentes. O estudo avaliou 47 recursos da plataforma e concluiu que 64% deles são ineficazes, classificando-os como facilmente contornáveis ou até mesmo já descontinuados.
Segundo os pesquisadores, as medidas anunciadas pela Meta criam uma “falsa sensação de segurança”, ao prometer proteção contra conteúdos nocivos e interações inadequadas que, na prática, continuam acessíveis a jovens usuários. Para chegar às conclusões, os envolvidos criaram contas de teste simulando três perfis: um adolescente, um pai e um adulto mal-intencionado.
Problemas Identificados
- Adultos ainda conseguiam enviar mensagens privadas para menores, apesar da promessa de bloqueio automático.
- Adolescentes podiam iniciar conversas com estranhos em seções como Reels, expondo-se a riscos de contato indesejado.
- O recurso “palavras ocultas” não bloqueava ou avisava sobre mensagens contendo insultos explícitos e incentivos à automutilação.
- Ferramentas de gerenciamento de tempo pareceram ter sido abandonadas ou renomeadas, dificultando sua utilização.
O estudo também apontou que o algoritmo do Instagram continuava a recomendar conteúdo sexual, violento ou relacionado a transtornos alimentares e uso de drogas. O sistema de autocompletar da busca ainda sugeria termos ligados a suicídio e automutilação, ampliando o risco de que adolescentes em situação de vulnerabilidade encontrassem conteúdo prejudicial.
A revisão contou com a colaboração de entidades como a Molly Rose Foundation e a David’s Legacy Foundation, fundadas por pais que perderam seus filhos após exposição prolongada a ambientes tóxicos online. Em resposta, a Meta rejeitou as conclusões da revisão, afirmando que o relatório “distorce” a eficácia das ferramentas disponíveis.
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