Columbus, Ohio
Hora local: 18:18
Temperatura: °C
Probabilidade de chuva: %

Equatorial, Energisa, CPFL e Cemig: Goldman revisa projeções após balanços do 2º tri

O setor elétrico brasileiro passou por ajustes nas projeções de analistas do Goldman Sachs após a divulgação de resultados do segundo trimestre deste ano (2T25). As atualizações envolvem empresas como Equatorial Energia, Energisa, CPFL Energia e Cemig, considerando fatores como resultados operacionais, mudanças macroeconômicas, revisões nas receitas de transmissão e definições sobre o componente financeiro da Receita Base de Serviços de Distribuição (RBSE) e leilões de GSF (Generation Scaling Factor) para a Cemig.

Os preços-alvo dessas companhias foram revisados em função de resultados positivos recentes e do avanço de três meses no horizonte do preço-alvo. As alterações foram de aproximadamente 7% para Equatorial (EQTL3) e Cemig (CMIG4), 5% para Energisa (ENGI11) e 2% para CPFL Energia (CPFE3).

A Equatorial continua sendo uma das empresas favoritas da cobertura do setor elétrico, junto com Eletrobras (ELET3; ELET6), Sabesp (SBSP3) e Copel (CPLE6). A companhia é vista como uma alocadora de capital eficiente, negociando a um valuation atrativo com Taxa Interna de Retorno (TIR) real de 11,9%. A Energisa mantém recomendação de compra, apresentando TIR real de 13%, custos enxutos e resultados superiores às metas regulatórias, segundo os estrategistas.

A CPFL Energia recebe recomendação neutra. O Goldman avalia a empresa como defensiva e de alta qualidade, negociando a uma TIR real de 9,6%. Já a Cemig permanece com recomendação de venda. Conforme os analistas, apesar das iniciativas de eficiência de custos e alienação de ativos não essenciais, a gestão estatal limita ganhos adicionais, resultando em TIR real de 8,8%.

O quadro de avaliação de utilidades brasileiras do banco detalha indicadores de preço por ação (target price), retorno em dividendos (dividend yield), retorno total, TIR real, múltiplos de preço sobre lucro (P/E) e valor da empresa sobre Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), além de endividamento líquido sobre Ebitda, valor de mercado, valor da empresa e média diária negociada nos últimos três meses. Entre as companhias analisadas, os preços-alvo variam de R$ 9,50 da Cemig a R$ 142 da Sabesp, com retornos totais projetados entre -11,8% e 32%.

No levantamento geral, a média do setor apresenta TIR real de 10,9%, preço sobre lucro de 11,9 vezes, Ev/Ebitda de 6,8 vezes e endividamento líquido sobre Ebitda de 2,9 vezes, indicando que, mesmo com variações individuais, o setor mantém valuation atrativo frente às oportunidades de crescimento regulatório e operacional.

Em média, as empresas de utilidades apresentam preço sobre lucro de 14,7x neste ano e 11,9x em 2026, com dividend yield médio de 7,2% e retorno total médio esperado de 17,8%. O múltiplo EV/Ebitda médio é de 6,8x em 2026, e a dívida líquida sobre Ebitda fica em torno de 3,0x, refletindo um perfil financeiro relativamente equilibrado.

Setor elétrico: confira as recomendações

  • A Energisa (ENGI11) mantém recomendação de compra, com preço-alvo revisado para R$ 60 por ação, frente ao preço de R$ 46,90, representando um potencial de alta de 27,9%. A empresa apresenta um dividend yield de 4,1% e um retorno total esperado de 32,0%. O índice preço sobre lucro (P/L) estimado para 2026 é de 18,3x.
  • Eletrobras (ELET3) também segue com recomendação de compra, com preço-alvo ajustado para R$ 50, contra R$ 42,29 atuais, projetando um upside de 18,2%. O dividend yield é estimado em 8,3%, enquanto o retorno total esperado é de 26,6%, com P/L de 9,8x para 2026.
  • Equatorial (EQTL3) manteve recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 44 e cotação de R$ 35,94, indicando valorização potencial de 22,4%. O dividend yield esperado é de 2,2%, e o retorno total de 24,6%. O P/L projetado para 2026 é de 13,9x.
  • A Sabesp (SBSP3), outra companhia com recomendação de compra, tem preço-alvo de R$ 142, ante R$ 119,43 atuais, o que representa um upside de 18,9%. O dividend yield estimado é de 3,1%, com retorno total esperado de 22,0%, enquanto o P/L de 2026 é de 11,5x.
  • A Copel (CPLE6), igualmente recomendada como compra, tem preço-alvo de R$ 13,20 contra preço de mercado de R$ 12,08, projetando uma valorização de 9,3%. O dividend yield é de 11,5%, com retorno total de 20,7%, e P/L de 15,7x em 2026.
  • CPFL Energia (CPFE3) apresenta recomendação neutra, com preço-alvo de R$ 42 e cotação atual de R$ 39,32, indicando potencial de alta de 6,8%. O dividend yield projetado é de 7,1%, com retorno total esperado de 13,9%, e P/L de 10,8x em 2026.
  • Por outro lado, Cemig (CMIG4) teve sua recomendação revisada para venda, com preço-alvo de R$ 9,50 ante preço atual de R$ 10,77, sugerindo desvalorização de 11,8%. O dividend yield é estimado em 10,8%, mas o retorno total esperado é negativo em -1,0%, e o P/L projetado para 2026 é de 9,9x.

infomoney.com.br/">InfoMoney.