Os serviços por assinatura Xbox Game Pass e PS Plus foram atacados pelo ex-líder da Bethesda, Pete Hines, em entrevista publicada na última sexta-feira (5). De acordo com o executivo, nenhum desenvolvedor ou estúdio é recompensado por seus jogos serem incluídos nos catálogos de serviços por assinatura.
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Ao Dbltap, Hines afirma que este tipo de programa é uma verdadeira armadilha e traz problemas que o público sequer imagina:
“Você não pode mais comprar um produto. Quando fala sobre assinatura que se apoia em conteúdo, se não encontrar uma forma de balancear as necessidades do serviço e das pessoas que operam aquilo, junto às pessoas que providenciam o material – sem o qual a sua assinatura não vale nada – então você tem um problema grande”.
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Segundo o ex-líder da Bethesda, serviços como o Xbox Game Pass e a PS Plus só pensam em adicionar conteúdo, sem refletir sobre quem está por trás de todo esse material:
“Você precisa conhecer, compensar e reconhecer apropriadamente o custo de criar aquele conteúdo e não apenas como jogo, mas como produto. Esta tensão machuca pessoas, inclusive os próprios criadores de conteúdo, porque eles estão se encaixando nesse ecossistema que não valoriza e recompensa apropriadamente o que estão fazendo”.
O executivo trabalhou de forma próxima à Microsoft, já que ele deixou a liderança da Bethesda apenas em 2023. Deste modo, é possível afirmar que ele conhece como funciona o Xbox Game Pass “de dentro” — assim como tem ideia do que faz a concorrência, como o visto na PS Plus.
Apoio contrário ao Xbox Game Pass
A publicação da entrevista recebeu o apoio de diversos outros membros da indústria, como o da ex-vice-presidente do Xbox, Shannon Loftis. A executiva deixou a Microsoft em 2022, após 30 anos de dedicação à companhia, e compartilhou sua opinião que reforça a posição contra serviços por assinatura como o Xbox Game Pass e a PS Plus.
“Como desenvolvedora de jogos Xbox first-party por muito tempo, afirmo que Pete está correto. Enquanto o Game Pass pode clamar poucas vitórias com jogos que teriam sido apagados (Human Fall Flat, por exemplo), a maioria dos títulos no serviço vem ao custo da receita de vendas – a não ser que o título tenha sido criado do zero para monetização pós-lançamento”, revela Loftis.
E a abordagem não é criticada apenas por quem estava ao lado da Microsoft, já que o ex-chefão da PlayStation — Shawn Layden —- também afirmou ser contra a “Netflix dos jogos”, o que inclui o Xbox Game Pass e a PS Plus. Ou seja, o movimento ganha cada vez mais adeptos dentro da indústria gaming.
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