Doença Rara Identificada em Ossos de Criança do Século 12
Um estudo recente publicado na revista científica Childhood in the Past revelou a identificação de uma doença rara, a hiperostose cortical infantil (HIC), em ossos de uma criança que viveu no século 12. A HIC, também conhecida como doença de Caffey, é uma condição que afeta cerca de 3 em cada mil crianças até os seis meses de vida.
Os ossos foram descobertos no sítio arqueológico de Afrodísias, na Turquia, e as análises revelaram que a criança tinha cerca de 2 a 3 anos de idade quando morreu. A equipe de pesquisadores comparou o fóssil com restos esqueléticos de crianças com descrições e padrões já conhecidos de alterações ósseas causadas por várias doenças, e concluiu que os ossos apresentavam características mais semelhantes com a doença de Caffey.
A HIC causa espessamento assimétrico ósseo devido a uma inflamação na camada que reveste o osso, afetando o sistema esquelético e os tecidos ao redor. A condição pode se resolver espontaneamente após 6 a 9 meses, mas em alguns casos raros, pode reaparecer. O fóssil encontrado no estudo apresenta sinais de recuperação antes da criança morrer.
Os ossos são sensíveis a fatores ambientais, como desnutrição e doenças, que podem causar deformações. A HIC afeta a mandíbula, dificultando a alimentação da criança, contribuindo para o desenvolvimento de desnutrição e afetando o desenvolvimento ósseo. Existem poucos casos arqueológicos conhecidos de HIC, e mesmo nos dias atuais, existem dificuldades no diagnóstico.
Os principais sintomas da HIC incluem:
- Febre
- Irritabilidade
- Inchaço nos tecidos moles
- Espessamento ósseo
A causa da morte da criança não pode ser determinada com certeza, mas a pesquisa contribui para ampliar o conhecimento de doenças que ocorriam na pré-história. O estudo é um exemplo de como a análise de restos mortais esqueléticos pode fornecer informações valiosas sobre a saúde e as doenças do passado.
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