Descoberta Estrela Distanta que Explodiu não uma, mas Duas Vezes
Uma equipe de astrônomos fez uma descoberta surpreendente ao observar uma estrela distante que explodiu não uma, mas duas vezes. Essa estrela, conhecida como AT2025ulz, foi detectada em agosto de 2025 por detectores de ondas gravitacionais nos Estados Unidos e na Itália.
Inicialmente, a análise sugeriu a fusão de dois objetos compactos, sendo que pelo menos um deles teria massa inferior à de uma estrela de nêutrons típica. Minutos depois, um alerta foi enviado à comunidade astronômica, apontando uma região aproximada do céu de onde o sinal teria se originado.
Horas mais tarde, o Zwicky Transient Facility (ZTF) identificou um objeto vermelho que desaparecia rapidamente a cerca de 1,3 bilhão de anos-luz da Terra. O fenômeno foi nomeado de AT2025ulz e parecia vir da mesma região associada às ondas gravitacionais, o que imediatamente fez com que os especialistas levantassem a hipótese de se tratar de uma kilonova inédita.
Mudanças no Astro
Nos primeiros dias, AT2025ulz apresentou exatamente o comportamento esperado de uma kilonova, com brilho intenso, rápida dissipação e predominância de luz vermelha, associada à produção de elementos pesados que bloqueiam a radiação azul. No entanto, dias depois, o objeto voltou a brilhar, desta vez em tons azulados, exibindo hidrogênio em seu espectro — sinais característicos de uma supernova de colapso do núcleo, não de uma kilonova.
Essa mudança de comportamento levou os astrônomos a concluir que AT2025ulz poderia ser apenas uma supernova comum, sem relação direta com o sinal de ondas gravitacionais. No entanto, a equipe de astrônomos liderada por Mansi Kasliwal notou que o evento também não se encaixava no padrão típico das supernovas conhecidas.
Hipótese da “Superkilonova”
De acordo com modelos teóricos, uma estrela massiva em rotação extremamente rápida pode, ao explodir, se fragmentar ou se dividir em duas pequenas estrelas de nêutrons subsolares. Tais estrelas “gêmeas” recém-formadas poderiam então espiralar uma em direção à outra e colidir em questão de horas ou dias, produzindo uma kilonova.
Essa nuvem de detritos da supernova inicial, por sua vez, obscureceria parcialmente essa segunda explosão, misturando os sinais observados. Nesse cenário, AT2025ulz seria o primeiro exemplo observado de uma “superkilonova”, uma espécie de kilonova desencadeada por uma supernova.
A confirmação da natureza do astro só seria possível com a detecção de novos eventos semelhantes, o que poderá ser feito com observatórios mais avançados, como o Vera Rubin, o telescópio espacial Nancy Roman e futuras gerações de detectores de ondas gravitacionais.
Por ora, AT2025ulz permanece como um dos eventos mais intrigantes já observados, lembrando que o Universo ainda guarda surpresas fundamentais e que a natureza é muito criativa.
- A estrela AT2025ulz explodiu duas vezes, apresentando comportamento de kilonova e supernova.
- A hipótese da “superkilonova” sugere que a estrela se fragmentou em duas estrelas de nêutrons subsolares que colidiram.
- A confirmação da natureza do astro depende da detecção de novos eventos semelhantes com observatórios mais avançados.
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