Crítica: Por que Bugonia é o melhor filme de 2025
Yorgos Lanthimos volta ao auge com Bugonia, uma obra-prima moderna que consolida sua parceria com Emma Stone como uma das mais poderosas do cinema atual. O longa é tenso, imprevisível e absurdamente atual, deixando o espectador pensando por dias após a sessão.
Com um olhar afiado para a paranoia digital, Bugonia adapta o cultuado Save the Green Planet! e o transporta para um mundo dominado por fake news e teorias conspiratórias. O protagonista, Teddy, é um homem obcecado por supostas verdades ocultas, que passa os dias mergulhado em fóruns, vídeos e teorias da internet.
A partir daí, Lanthimos conduz um sequestro que rapidamente se transforma em algo muito maior do que um simples delírio conspiratório. O diretor brinca com as expectativas do público, alternando momentos de humor ácido, horror psicológico e sátira social em ritmo alucinante.
O que torna Bugonia tão especial
- A trilha sonora intensa e quase sufocante funciona como mais um personagem dentro da trama.
- A direção precisa e a fotografia quase hipnótica fazem Bugonia ser uma das experiências cinematográficas mais completas do ano.
- Emma Stone brilha novamente, em sua atuação mais complexa desde Pobres Criaturas, entregando uma performance cheia de nuances.
Jesse Plemons reafirma seu talento como um dos atores mais versáteis da atualidade, interpretando um personagem ao mesmo tempo patético, assustador e trágico. É um espelho perfeito da nossa era de desinformação e paranoia coletiva.
Bugonia é, acima de tudo, um retrato afiado do nosso tempo, sobre o poder da crença, o medo do desconhecido e a facilidade com que a verdade se distorce nas telas. Lanthimos entrega aqui não só o melhor filme de 2025 até agora, mas também um lembrete perturbador de como a ficção pode refletir –e expor– os nossos piores impulsos.
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