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Conheça tratamentos estéticos com abordagens não invasivas que prometem resultados semelhantes aos de cirurgias plásticas


Blefaroplastia sem bisturi existe? É possível reduzir a papada sem uma intervenção cirúrgica? Com essas perguntas em mente, resolvi conversar com dermatologistas para entender os avanços da tecnologia no tratamento da pele do rosto que podem adiar – e até evitar – procedimentos mais agressivos.
“Hoje a gente tem várias tecnologias para ajudar a tratar flacidez de pele e até preparar para uma eventual cirurgia”, diz a dermatologista Maria Bussade. “As radiofrequências monopolares ajudam a dar espessamento e retração na pele mais fina e flácida. Já as radiofrequências microagulhadas, quando usadas de forma contínua e associadas a ativos, como exossomos e clareadores, também melhoram a flacidez. O laser Fotona, voltado exclusivamente para esse fim, também trabalha a retração da pele”, diz a médica.
A dermatologia moderna entende que bons resultados dependem também de uma boa saúde muscular – e dos ossos – para que haja sustentação da pele. O NFace ou NuFace, por exemplo, é um aparelho interessante porque trata a musculatura.
“Os ultrassons microfocados também fazem compactação do tecido, mas não são indicados para rostos muito magros. Além disso, temos os bioestimuladores de colágeno, os fios de PDO para reposicionar a gordura e o novo micro-coring, patenteado por Harvard, que firma a pele e estimula colágeno. Tudo isso tem comprovação científica e pode ajudar a adiar a cirurgia, mas quando já existe excesso de pele, retração muscular e perda de gordura, aí a plástica é o mais indicado”, conclui Maria.
A seguir, os tratamentos mais indicados para cada região do rosto, segundo dermatologistas.
Testa e pálpebras
“A toxina botulínica continua sendo uma boa opção para amenizar linhas horizontais na testa, rugas entre as sobrancelhas e ao redor dos olhos. Ela relaxa temporariamente os músculos responsáveis pelas rugas dinâmicas. Com isso, suaviza as linhas sem alterar a expressão natural”, diz o dermatologista Otávio Macedo, da Clínica Otávio Macedo & Associados.
Segundo ele, a toxina pode ser associada a tecnologias como um ultrassom microfocado que atinge camadas profundas da pele, estimulando colágeno e promovendo um efeito lifting sutil, especialmente na cauda da sobrancelha. O resultado aparece de forma gradual, com duração média de um ano.
Para casos de flacidez avançada, que teriam indicação cirúrgica, uma boa opção é o laser ablativo, como o Fotona, que trata derme e epiderme. “O laser atua nas rugas, melhorando a pele como um todo”, afirma o dermatologista Bruno Lages, da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Mandíbula e queixo
Uma nova tecnologia que vem trazendo bons resultados para a região é o Nanofat. “Utiliza-se a gordura do próprio corpo para tratar a pele. Desenvolvido por médicos europeus no início dos anos 2010, o Nanofat é uma evolução dos enxertos de gordura tradicionais”, diz o dermatologista Otávio Macedo. “A diferença está no processo de purificação: a gordura retirada do corpo – geralmente do abdômen, flancos ou coxas – é emulsificada e filtrada até atingir uma consistência líquida. Rica em células-tronco e exossomos endógenos, a gordura não serve apenas para dar volume (como o lipofilling), mas principalmente para regenerar e rejuvenescer a pele”, diz o médico.
Pescoço e papada
A novidade para essa região de difícil tratamento – e geralmente negligenciada na rotina de skincare – são os fios de sustentação. “O que se faz é uma espécie de cruzamento de fios no local para tracionar e reposicionar a pele”, explica a dermatologista Karine Cade. “É uma tecnologia muito avançada e traz resultados excelentes”, diz Karine. “Nós chamamos esses fios de ‘linhas de colágeno’, de tão diferenciados que são. Eles se destacam pela composição, tempo de reabsorção e estímulo de colágeno, que dura até dois anos”, diz Karine.