Impacto do Clima Quente e Úmido na Gravidez
O aumento da temperatura pode causar diversos impactos no organismo humano, incluindo os que ainda não nasceram. Um estudo recente publicado na revista Science Advances revela que as temperaturas extremas podem representar um risco à saúde durante a gestação e a primeira infância da criança, influenciando também em aspectos como a altura das crianças.
A pesquisa foi realizada por cientistas da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, e comparou a exposição das gestantes em pré-natal a ambientes extremamente quentes e úmidos, como no sul da Ásia. A umidade presente em ambientes quentes impede que as grávidas consigam transpirar, o que agrava a exposição ao calor.
Método de Pesquisa
Para fazer a pesquisa, a equipe considerou a temperatura de bulbo úmido e globo (WBGT) e analisou os dados das Pesquisas Demográficas e de Saúde (DHS). Além disso, os pesquisadores relacionam a altura das crianças com a sua idade, um indicador comum para investigar possíveis implicações crônicas em crianças com menos de 5 anos.
Os resultados mostram que a exposição à umidade representa um risco ainda maior à saúde do que a exposição ao calor isoladamente. A combinação de calor e umidade aumentou em quatro vezes os riscos quando comparada apenas à exposição ao calor.
- A exposição ao calor e à umidade pode causar estresse térmico e problemas de saúde nas mulheres e nos bebês.
- O início e o final da gestação são os momentos de maior vulnerabilidade.
- A falta do desenvolvimento completo pode acarretar em problemas de saúde no futuro.
Os autores destacam que eventos extremos não causam apenas mortes, mas também prejudicam a saúde de muitas pessoas, gerando impactos econômicos duradouros e até multigeracionais. Intervenções simples, educação, comunicação e sistemas de alerta precoce podem reduzir danos e fortalecer a adaptação.
Os cientistas acreditam que os dados levantados no estudo conseguem estabelecer algumas relações causais entre calor, umidade e saúde. No entanto, o estudo é limitado devido à falta de acesso a dados de saúde de diversas regiões.
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