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Como cientistas descobriram 9 espécies de borboletas sem sair do museu

Descoberta de Novas Espécies de Borboletas

Uma equipe internacional de cientistas fez uma descoberta surpreendente ao identificar nove novas espécies de borboletas sem precisar sair do museu. Essa realização foi possível graças à combinação de análises genéticas, morfológicas e geográficas aplicadas a mais de mil espécimes históricos, alguns com mais de 100 anos de idade.

O trabalho faz parte do projeto AMISTAD, liderado pelo Museu de História Natural de Londres, que visa revisar a identidade de um grupo de borboletas azuis da América do Sul. A pesquisa revelou que a classificação anterior subestimava significativamente a diversidade real do grupo, e que as novas espécies podem estar seriamente ameaçadas ou até extintas devido ao desmatamento nas florestas tropicais da América do Sul.

Métodos de Análise

Os cientistas utilizaram técnicas modernas de sequenciamento de DNA antigo para extrair material genético a partir de uma única perna de borboletas históricas. Esses dados foram comparados com informações genéticas de exemplares mais recentes, permitindo a identificação de espécies há muito confundidas e despercebidas.

A análise genética confirmou diferenças morfológicas discretas, como variações na coloração, em linhas das asas e em estruturas odoríferas dos machos. Antes, essas características eram consideradas variações dentro de uma mesma espécie.

Resultados

O estudo resultou na descrição formal de nove novas espécies de borboletas, além do reconhecimento de duas espécies que haviam sido incorretamente tratadas como sinônimos. As espécies recém-nomeadas incluem T. cacao, T. ramirezi e T. confusus, que fazem referência às regiões onde os exemplares foram originalmente coletados ou homenageiam pesquisadores que se dedicaram ao estudo dessas borboletas.

A revisão taxonômica tem implicações diretas para a conservação, pois algumas das espécies agora reconhecidas podem estar em risco de extinção devido à perda de habitat. Isso destaca a urgência do trabalho de conservação e a importância de direcionar esforços para organismos realmente distintos e potencialmente ameaçados.

Importância dos Museus

O estudo também reforça o valor científico das coleções de história natural, que permitem que os cientistas e os pesquisadores estudem espécies que podem não existir mais ou que se sabe estarem em risco. Ao combinar essas coleções históricas com ferramentas modernas de genômica, os especialistas demonstram que ainda há muito a ser descoberto sobre a biodiversidade do planeta.

Os museus como o Museu de História Natural de Londres, que abriga cerca de 5 milhões de espécimes de borboletas, são arquivos insubstituíveis da vida em nosso planeta. Eles permitem que os cientistas e os pesquisadores estudem espécies que podem não existir mais ou que se sabe estarem em risco, e ajudam a direcionar melhor os esforços de conservação para organismos realmente distintos e potencialmente ameaçados.

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