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Cepas da coqueluche resistentes a antibióticos geram preocupação


A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) tem chamado a atenção para o aumento dos casos de coqueluche nas Américas e para o aparecimento de cepas resistentes a antibióticos. O órgão atribui o problema à baixa cobertura vacinal e ao uso generalizado e inadequado de antibióticos durante a pandemia de Covid-19.
“A vacinação, a vigilância e o uso responsável de antibióticos são cruciais para evitar que a coqueluche se torne novamente uma grave ameaça à saúde pública”, diz Pilar Ramón-Pardo, chefe do Programa Especial sobre Resistência Antimicrobiana da OPAS, em um comunicado da instituição. “Ainda temos tempo para conter esse problema, mas precisamos agir agora: aumentar a cobertura vacinal, fortalecer a detecção precoce e aprimorar nossa capacidade de resposta a surtos”, acrescenta.

Desde 2024, cepas resistentes foram notificados no Brasil, México, Peru e Estados Unidos. A OPAS frisa que isso só foi possível graças a esforços importantes para o fortalecimento dos sistemas de vigilância e diagnóstico.
A coqueluche é prevenível através de vacina. A doença é especialmente perigosa em bebês e suas complicações podem levar à morte.
De acordo com a OPAS, pouco mais de 4 mil casos foram registrados nas Américas em 2023. No ano seguinte, o número disparou para 43,7 mil. Nos primeiros sete meses de 2025, nove países notificaram mais de 18,5 mil casos e 128 mortes.