Descoberta Arqueológica em Nova Orleans
Um casal, Daniella Santoro e Aaron Lorenz, fez uma descoberta surpreendente ao limpar o quintal de sua casa histórica em Nova Orleans, nos Estados Unidos. Em vez de encontrar apenas lixo ou um ninho de formigas, eles encontraram uma pesada placa de mármore coberta por inscrições em latim, que se revelou ser uma lápide romana de 2 mil anos.
A investigação da tábua começou quando o casal entrou em contato com o arqueólogo Ryan Gray, do Centro de Recursos de Preservação de Nova Orleans (PRC). Gray relatou que é comum que moradores encontrem artefatos antigos durante reformas, mas nunca imaginou que algo assim aconteceria em Nova Orleans.
A Investigação
A primeira etapa da investigação foi verificar se a residência não havia sido construída sobre um antigo cemitério, o que é comum na cidade. No entanto, logo ficou claro que o artefato era algo completamente diferente. Com a ajuda de especialistas da Universidade de Innsbruck, na Áustria, e da Universidade de Tulane, nos EUA, a inscrição foi decifrada e correspondia à lápide de Sexto Congênio Vero, um marinheiro romano que viveu no século 2 d.C.
A lápide constava como desaparecida do Museu Arqueológico de Civitavecchia, na Itália, onde havia sido catalogada antes da Segunda Guerra Mundial. Isso mudou completamente o escopo da investigação, que passou a lidar com um item arqueológico perdido há mais de 70 anos e um caso de repatriação internacional.
O Mistério da Lápide
Os pesquisadores tentam compreender como a antiga lápide romana cruzou o Oceano Atlântico e foi parar no quintal de uma casa americana. Investigações históricas e registros de moradores apontam que a propriedade pertenceu por décadas à família Simon, a partir de 1909, e depois permaneceu quase inalterada até os anos 1990. Nenhum dos antigos residentes parece ter viajado à Itália ou colecionado artefatos raros.
Documentos de 1954 confirmaram que muitos itens do museu de Civitavecchia foram dados como desaparecidos após o caos da guerra, e a lápide de Sexto Congênio Vero era um deles. É possível que um soldado tenha levado a peça como lembrança de guerra ou que ela tenha sido vendida posteriormente como curiosidade arqueológica.
Conclusão
O episódio mostra como a curiosidade e o cuidado de um morador podem ajudar a resgatar o patrimônio histórico mundial. A lápide está segura e prestes a voltar ao lugar de onde nunca deveria ter saído. O Museu de Civitavecchia já anunciou que pretende realizar uma cerimônia pública quando o artefato retornar à Itália, encerrando a jornada de uma tumba romana que atravessou mares e séculos para reencontrar seu destino.
- A lápide foi encontrada no quintal de uma casa histórica em Nova Orleans.
- A inscrição correspondia à lápide de Sexto Congênio Vero, um marinheiro romano que viveu no século 2 d.C.
- A lápide constava como desaparecida do Museu Arqueológico de Civitavecchia, na Itália.
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