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Até 2 satélites de Elon Musk caem na Terra todos os dias, estima astrônomo

A Constelação de Satélites Starlink e seus Impactos na Terra

A constelação de satélites Starlink, operada pela SpaceX de Elon Musk, está se tornando uma presença cada vez mais visível nos céus da Terra. Segundo estimativas do astrônomo Jonathan McDowell, do Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica, entre um e dois satélites Starlink reentram na atmosfera terrestre todos os dias.

Essa reentrada é um processo natural, pois os satélites operam em órbitas mais baixas para garantir uma reentrada mais rápida e reduzir o risco de detritos permanentes. No entanto, isso significa que sua vida útil média é de cerca de cinco anos, exigindo um ciclo constante de substituição. Cálculos sugerem que, com cerca de 15 mil satélites em operação, até oito poderão ser desativados e queimados na atmosfera por dia nos próximos anos.

Riscos e Impactos Ambientais

A queima desses equipamentos libera metais e compostos na estratosfera, como partículas de óxido de alumínio. Estudos preliminares apontam que essas emissões podem contribuir para o aquecimento da atmosfera e afetar a camada de ozônio, por mais que a magnitude desse impacto ainda seja incerta.

Um relatório da Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) publicado em 2023 estima que, até 2035, 28 mil fragmentos de satélites Starlink poderão sobreviver à reentrada anualmente. Isso eleva a chance de alguém ser atingido por detritos espaciais para 61% por ano — uma probabilidade que antes parecia impensável.

Consequências e Preocupações

A expansão da constelação de satélites Starlink e de outras empresas, como a Amazon, está gerando preocupações sobre o congestionamento orbital e o risco de colisões. A síndrome de Kessler, uma reação em cadeia de impactos que pode gerar nuvens de detritos capazes de inutilizar a órbita por décadas, é uma das principais preocupações.

  • Aumento do risco de colisões e da síndrome de Kessler
  • Impactos ambientais, como a liberação de metais e compostos na estratosfera
  • Aumento da probabilidade de alguém ser atingido por detritos espaciais

Os especialistas alertam que a Terra pode estar pagando um preço ambiental e de segurança pelo avanço da conectividade global. “Até agora tivemos sorte, e isso não vai durar para sempre”, destaca o astrônomo Jonathan McDowell.

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