Assinaturas Ocultas Revelam Rede Colaborativa entre Mestres Vidreiros da Roma Antiga
Uma descoberta recente no Museu Metropolitano de Arte, em Nova York, está redefinindo o entendimento sobre a produção de objetos de vidro no Império Romano. A historiadora da arte e sopradora de vidro Hallie Meredith identificou padrões repetidos em taças diatreta que podem ser assinaturas de antigos artesãos.
As taças diatreta, produzidas entre os séculos IV e VI d.C., são conhecidas por sua técnica apurada e luxuosa. No entanto, os símbolos abstratos esculpidos próximos aos textos eram tratados apenas como decoração. Meredith propõe que esses motivos sejam marcas de oficina, uma forma de assinatura visual dos grupos que produziam os vasos.
Produção Coletiva e Comunicação Interna
A pesquisa de Meredith sugere que a produção das diatretas envolvia equipes especializadas de gravadores, polidores e artesãos que trabalhavam em etapas longas e interdependentes. Ela examinou marcas de ferramentas, fragmentos reciclados e objetos inacabados para chegar a essa conclusão.
- Os padrões repetidos podem ser interpretados como logotipos de estúdios, indicando que práticas de identidade visual já existiam no artesanato romano.
- A descoberta reabre debates sobre a técnica de produção das diatretas, sugerindo que os vasos são fruto de uma colaboração meticulosa entre trabalhadores altamente treinados.
- A pesquisa de Meredith oferece uma perspectiva rara sobre as exigências físicas e criativas do ofício de soprador de vidro.
Um novo banco de dados está sendo desenvolvido para mapear milhares de peças e identificar padrões de escrita e produção. Isso pode revelar como artesãos e escribas navegavam por ambientes multilíngues e culturalmente diversos.
A descoberta de Meredith é um exemplo de como a colaboração entre historiadores da arte, cientistas da computação e artesãos pode levar a novas perspectivas sobre a história da arte e da tecnologia.
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