Art Basel Miami Beach 2025: Um Encontro das Américas
A edição de 2025 da Art Basel Miami Beach confirmou sua posição como o encontro artístico mais influente das Américas. Com a participação de 283 galerias de 43 países, a feira atraiu um grande número de curadores, colecionadores e diretores de museus, totalizando mais de 80 mil visitantes ao longo da semana.
Em seu segundo ano na direção, Bridget Finn destacou a importância da pluralidade e da abertura para novas linguagens, enfatizando a energia particular que surge quando instituições de diferentes continentes se movem na mesma direção. Essa visão foi refletida no tema da edição, que explorou a multiplicidade da arte das Américas, destacando práticas latinas, indígenas e diaspóricas.
No setor Galleries, as apresentações conectaram a abstração do pós-guerra a pesquisas contemporâneas sobre corpo, território e política, evidenciando tensões, continuidades e fricções. Já nos setores especiais, como o Zero 10 e o Meridians, as obras exploraram superfícies híbridas entre o físico e o digital, expandindo a noção de materialidade.
- O setor Zero 10 destacou obras que exploram a relação entre o físico e o digital.
- O setor Meridians apresentou trabalhos monumentais que tratam o tempo como elemento estrutural.
- As galerias registraram vendas expressivas de artistas do pós-guerra, produções relacionadas a histórias diaspóricas e pesquisas fotográficas sobre memória e política.
Além dos estandes, palestras e encontros aprofundaram debates sobre circulação cultural, responsabilidade institucional e o papel das Américas na reorganização das narrativas globais. A gestão de Finn busca não apenas refletir o mercado, mas tensioná-lo e propor ajustes, abrindo espaço para novas arquiteturas curatoriais.
A presença brasileira também foi destaque, com galerias levando recortes que conectam legado e experimentação, com trabalhos de artistas como Sonia Gomes, Adriana Varejo e Maxwell Alexandre. A edição de 2025 da Art Basel Miami Beach foi um sucesso, com a celebração de projetos ancorados em colaboração, tecnologias emergentes e novas leituras de arquivos históricos.
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