Nascida e criada na Rocinha, no Rio de Janeiro, Gica – nome artístico de Giovana Ribetti – é hoje um dos nomes mais promissores do pagode nacional. Aos 23 anos, a cantora e multi-instrumentista tem levado sua música para todo o país e já ultrapassou fronteiras, com apresentações nos Estados Unidos e na Europa. Mais do que talento, sua trajetória é marcada por superação, autenticidade e pela força de representar sua comunidade em cada passo.

“É o maior prazer levar o nome da minha comunidade para o Brasil e para o mundo. Eu acho que sou quem sou hoje por ter sido nascida e criada na Favela da Rocinha, por ter minhas grandes referências, Dona Ivone Lara, Beth Carvalho e Leci Brandão. Isso influencia 100% quem a Gica é hoje e o que ela exala para o mundo”, conta Gica.

Mesmo em um espaço historicamente masculino, Gica tem se destacado no pagode e conquistado respeito de colegas e público. Para ela, ocupar esse lugar é motivo de orgulho e também de responsabilidade: “A gente, que é mulher, sempre soube que era capaz de fazer tudo. Tem vários nomes gigantes do nosso segmento, e eu acho que é legal fazer parte dessa nova geração do samba e do pagode. Mas é uma responsabilidade muito grande, a gente não pode errar, tem que sempre estar no caminho certo.”

Cantora idealizou o disco ‘O Pagode da Gica’ quando ela tinha apenas 18 anos

Esse compromisso também se reflete em seus projetos. O Pagode da Gica, criado quando ela tinha apenas 18 anos, se transformou em um verdadeiro movimento cultural, reunindo artistas e fãs em todo o país. “O Pagode da Gica mudou minha vida por completo. Nunca imaginei que em tão pouco tempo a gente fosse conseguir levar o ‘Pagode da Rocinha’ pro mundo. O maior aprendizado foi sempre acordar e buscar coragem até onde não existe, pra fazer as coisas acontecerem, sempre com o pé no chão”, relembra.

Recentemente, a artista lançou Gica na Intimidade, um projeto especial que traz regravações de grandes sucessos do pagode em versões emocionantes e próximas do público. Para ela, o trabalho simboliza um novo momento da carreira: “Foi a realização de mais um sonho. Eu nunca tinha gravado em estúdio, e tive a oportunidade de aprender com grandes nomes, como o Xande de Pilares. Esse projeto veio para fortalecer a imagem da Gica artista, da Gica mulher, porque a galera me conheceu muito nova, com 18 anos, e agora, aos 23, eu quis trazer essa nova fase”, destaca.

Com shows lotados, parcerias de peso e fãs cada vez mais engajados, Gica segue consolidando seu espaço no cenário musical. Entre a energia contagiante do palco e a delicadeza de projetos intimistas, a jovem artista reafirma sua missão: levar o pagode e a esperança para cada vez mais pessoas.

“Eu fico muito feliz de ver como minha música pode ajudar as pessoas a superarem momentos difíceis. Isso me dá forças para continuar sonhando e trabalhando. Ainda não posso contar tudo, mas vem muita novidade boa por aí”, conclui Gica.