Angela Brito: Uma Jornada de Conexões e Diversidade na Moda
Desde que Angela Brito se tornou a primeira estilista negra a desfilar no SPFW, em 2019, a moda brasileira tem passado por uma série de transformações. Com avanços e retrocessos relacionados à diversidade e à indústria como um todo, Angela Brito tem mantido seu foco em estudos e histórias que refletem sua trajetória pessoal e profissional.
Com 31 anos de Brasil, vinda de Cabo Verde, Angela se autodenomina “cidadã do mundo”. Para sua coleção mais recente, ela mergulhou nos estudos sobre a Pangeia, o supercontinente que existiu há centenas de milhões de anos. Essa inspiração permitiu que ela explorasse as conexões entre diferentes partes do globo, abordando o tema do deslocamento através de sua moda contemporânea.
O resultado foi uma coleção que apresentou misturas de comprimentos, texturas, recortes e fendas, brincando com a ideia da locomoção. Toques sagazes que remetem a questões geográficas, como a parte vermelha interna de uma camisa branca que se assemelhava a uma rachadura na terra, foram destacados. Acessórios feitos a partir de pedras vulcânicas vindas de Cabo Verde e colares de sementes de jabuticaba, que sinalizam um recomeço, também fizeram parte da coleção.
- Misturas de comprimentos e texturas
- Recortes e fendas que brincam com a ideia da locomoção
- Acessórios feitos a partir de pedras vulcânicas e sementes de jabuticaba
Para apresentar sua coleção, Angela Brito escolheu o Centro Cultural São Paulo, marcando seu primeiro desfile em uma locação externa. O evento contou com a presença de seu primo, Dino D’ Santiago, que cantou ao vivo e também assinou as estampas da coleção. A conexão de sangue entre os dois, descoberta por Angela, a fez considerar Dino “totalmente Pangeia”, reforçando a ideia de conexões globais que permeia sua obra.
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