Andar mais de 3 mil passos ao dia pode ajudar a frear a progressão do Alzheimer
Um estudo recente publicado na revista Nature Medicine revelou que caminhar 3 mil passos ou mais por dia pode ajudar a retardar as alterações cerebrais e o declínio cognitivo em pacientes com Alzheimer. Essa descoberta sugere que mesmo quantidades modestas de exercício físico podem ter um impacto positivo na saúde cerebral.
A doença de Alzheimer é a causa mais comum de demência, afetando cerca de 50 milhões de pessoas em todo o mundo. Estima-se que quase metade dos casos seja atribuída a fatores de risco modificáveis, como o sedentarismo. Portanto, a inserção de práticas físicas no cotidiano pode ser um fator importante na prevenção e no retardo da progressão da doença.
O que o estudo revelou?
O estudo analisou os níveis de duas proteínas cerebrais tóxicas, as placas beta-amiloides e os emaranhados neurofibrilares de proteína tau, em 296 pessoas com idades entre 50 e 90 anos, durante 14 anos. Os resultados mostraram que o risco de desenvolver e progredir na doença foi maior para aqueles com níveis elevados de amiloide no início do estudo. No entanto, um maior número de passos foi associado a taxas mais lentas de declínio cognitivo.
Os resultados também mostraram que o declínio cognitivo foi retardado de modo proporcional ao número de passos dados pelos pacientes. Para aqueles que caminharam de 3 a 5 mil passos por dia, o atraso das consequências do Alzheimer foi de três anos, e de sete anos, para os que conseguiam caminhar de 5 a 7 mil passos.
Qual a relação entre atividade física e a doença de Alzheimer?
Ainda não está claro como o exercício físico pode ajudar no combate ao Alzheimer. No entanto, é sabido que a atividade física melhora o fluxo sanguíneo, reduz a inflamação e aumenta os níveis de certos hormônios e fatores de crescimento, que podem desempenhar um papel importante na regressão do avanço da doença.
Os cientistas ainda precisam realizar mais estudos para observar o impacto direto da atividade física na prevenção e no retardo da progressão da demência, sobretudo do Alzheimer. No entanto, os dados sugerem que a atividade física é, sim, uma protetora contra o avanço da demência cerebral.
- Caminhar 3 mil passos ou mais por dia pode ajudar a retardar as alterações cerebrais e o declínio cognitivo em pacientes com Alzheimer.
- A atividade física melhora o fluxo sanguíneo, reduz a inflamação e aumenta os níveis de certos hormônios e fatores de crescimento.
- Mais estudos são necessários para observar o impacto direto da atividade física na prevenção e no retardo da progressão da demência.
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