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Alterações em um único gene já podem causar transtornos mentais, diz estudo

Alterações em um único gene já podem causar transtornos mentais, diz estudo

Um novo estudo genético publicado na revista científica Molecular Psychiatry revelou que mutações no gene GRIN2A podem estar associadas à ocorrência de transtornos mentais, entre eles a esquizofrenia. A descoberta que o funcionamento do gene, sozinho, afeta a atividade de receptores elétricos do cérebro contradiz a teoria sobre a origem poligênica para todas as doenças ligadas ao cérebro.

O GRIN2A é um gene extremamente importante no funcionamento cerebral, produzindo a proteína GluN2A, responsável pela transmissão de sinais elétricos entre as células nervosas essenciais para aprendizagem, memória e plasticidade sináptica. Pesquisadores do estudo verificaram que a mutação do gene afeta diretamente o receptor elétrico NMDA, que auxilia na comunicação, sendo que sua falha pode aumentar os riscos de desenvolvimento de doenças mentais.

Resultados do estudo

De 121 pacientes analisados, 85 tinham algum tipo de mutação no GRIN2A e 23 deles desenvolveram algum transtorno mental. Os indivíduos apresentaram sintomas estritamente psiquiátricos, o que praticamente descartaria explicações ambientais ou contextuais para os casos.

  • A esquizofrenia é um dos distúrbios que, segundo a pesquisa, são influenciados por mutações gênicas.
  • Cerca de 23 milhões de pessoas no mundo são afetadas pelo distúrbio – equivalente a 0,29% da população mundial.
  • Manifestações da esquizofrenia podem incluir delírios, alucinações, confusão mental e alterações de comportamento.

Terapias eficazes para lidar com esses sintomas considerando tanto fatores internos, como predisposição genética e alterações cerebrais, quanto externos, como uso de drogas e experiências traumáticas e de estresse, são fundamentais para o tratamento da doença.

No mesmo artigo, os pesquisadores também citam experimentos anteriores com o aminoácido L-serina, essencial para a saúde do sistema nervoso central. Pacientes com quadros de esquizofrenia que participaram do estudo apresentaram melhorias consideráveis após receberem o tratamento.

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