A Primeira Brasileira a Ganhar Prêmio Inédito em Inovação Agrícola na Europa
A empresária goiana Nathália Secco, 34 anos, CEO da Orchestra Innovation Center e fundadora da Orchestra Ventures, conquistou um título inédito para o Brasil ao sair vencedora na premiação do prestigiado Summit Global Women in Agritech (GWIA), realizado na Bélgica.
O GWIA é um evento internacional para mulheres líderes no setor de tecnologia agrícola, que valoriza a inovação, a sustentabilidade e o networking. Nathália foi convidada pessoalmente para participar do evento e se refere à microbiologista Sâadia Lakehal, fundadora e CEO da canadense Emperia Industries Connect.
Da Música para o Financiamento em Tecnologia e Inovação Agro
Nathália Secco, cantora lírica crossover formada em Música pela Universidade Federal de Goiás, elevou sua carreira para além dos palcos. Ela fundou a Orchestra Innovation Center em 2019, a primeira aceleradora do agro de Goiás voltada ao impulsionamento da inovação tecnológica.
Três anos depois, em 2022, Nathália fundou a Orchestra Ventures, passando a investir em agtechs no país a partir de um fundo de R$ 6 milhões aportados por ela, mais quatro empresas e três produtores rurais da região.
Prêmio e Reconhecimento
O prêmio veio justamente pela sua atuação na aplicação de tecnologias sustentáveis em grandes áreas. Os projetos a agtech já impactaram cerca de 200.000 hectares nas culturas de soja, milho, cana e algodão na região do sudoeste goiano.
Entre os destaques, Nathália pontua que suas duas empresas ajudaram a fomentar o uso de biotecnologias para a nutrição das plantas. Isso levou a um ganho de produtividade da ordem de 3 a 8 sacas de 60 quilos por hectare.
- Houve também uma redução média de cerca de 40% no custo da aplicação de herbicidas por causa do uso de sistemas de pulverização em taxa variável e bioinsumos.
- As startups sob o guarda-chuva da Orchestra cresceram, em média, três vezes o faturamento em apenas seis meses.
Crítica e Transição: em Busca do Capital Americano
A presença da goiana em um painel sobre o futuro da agtech sublinhou o avanço da inovação brasileira, ao mesmo tempo em que expõe um problema crônico: a carência de capital de risco no agro.
A Orchestra Ventures está migrando parte de seu modelo de negócios para Orlando, nos EUA, como parte da tentativa de iniciar um ecossistema de investimentos mais aquecido e diversificado por aqui.
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