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Jards Macalé, autor de ‘Vapor Barato’ e outros sucessos, morre no Rio aos 82 anos

Jards Macalé: Um Legado de Liberdade e Arte

O músico, cantor e compositor Jards Macalé, conhecido como o “anjo torto” da MPB, faleceu no Rio de Janeiro aos 82 anos. Sua morte foi confirmada pela TV Globo e pelas redes sociais do artista, que estava internado em um hospital tratando de problemas pulmonares.

Macalé foi um artista vanguardista que se destacou por sua postura inovadora e sua recusa em seguir padrões comerciais. Sua carreira começou nos anos 1960, quando teve sua primeira composição gravada por Elizeth Cardoso. Ele rapidamente se tornou conhecido por sua estética híbrida, que misturava rock, samba, jazz, blues, baião e canção.

Um Legado Musical

Macalé é autor de clássicos como “Hotel das Estrelas”, “Anjo Exterminado”, “Mal Secreto” e “Vapor Barato”, que foram imortalizados por vozes como Gal Costa, Maria Bethânia e O Rappa. Ele também foi parceiro de poetas como Waly Salomão, Vinicius de Moraes, Torquato Neto e José Carlos Capinan.

  • “Vapor Barato” é um exemplo de sua habilidade em criar canções que são ao mesmo tempo pessoais e universais.
  • Sua música é caracterizada por uma estranheza e experimentação que o aproximou de artistas como Luiz Melodia.
  • Macalé também foi um defensor da liberdade criativa, o que o levou a se exilar em Londres ao lado de Caetano Veloso, Gilberto Gil e Jorge Mautner.

Além da música, Macalé também se aventurou em cinema, televisão, teatro e artes plásticas. Ele participou do elenco de filmes como “O Amuleto de Ogum” e “Tenda dos Milagres”, e integrou trilhas sonoras de clássicos como “Macunaíma” e “O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro”.

Um Legado que Perdura

Macalé nunca abriu mão da coerência artística ao longo de sua carreira. Ele explorou gêneros como bossa nova, rock, blues, samba e choro, sempre com sua voz ruminada e um violão singular. Mesmo após décadas de atividade, ele manteve vigor e relevância, lançando “Besta Fera” em 2019, um dos destaques de sua discografia.

Caetano Veloso, amigo e parceiro de Macalé, postou uma homenagem nas redes sociais, dizendo que “sem Macalé não haveria Transa” e que ele foi seu “primeiro amigo carioca da música”. Maria Bethânia também postou uma homenagem, dizendo que Macalé “fará muita falta neste mundo”.

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