Estudo traz evidências de que o Universo está encolhendo, não expandindo
Um novo estudo publicado na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society apresenta evidências de que a expansão cósmica não está acelerando, mas sim desacelerando. Essa descoberta pode mudar profundamente o entendimento sobre o destino do cosmos e a natureza da energia escura.
A pesquisa, conduzida pelo professor Young-Wook Lee, da Universidade Yonsei, na Coreia do Sul, reanalisou dados de supernovas do tipo Ia e descobriu que a luminosidade dessas explosões depende fortemente da idade das estrelas progenitoras. Essa diferença, até então negligenciada, teria distorcido as estimativas de distância e levado a conclusões equivocadas sobre a aceleração da expansão cósmica.
Universo em desaceleração
Os novos cálculos sugerem que o Universo já entrou em uma fase de expansão desacelerada. A energia escura evolui com o tempo muito mais rapidamente do que se pensava anteriormente. Se a premissa inicial for incorreta, todo o modelo precisa ser revisto.
Os resultados apontam para um cenário em que a energia escura diminui gradualmente. Se tal tendência continuar até que sua força se torne negativa, o Universo pode eventualmente parar de se expandir e começar a encolher. Na prática, isso pode culminar em uma espécie de “Big Crunch”, um fenômeno oposto ao Big Bang.
Debate aberto entre os especialistas
A hipótese de uma desaceleração já havia sido sugerida por outro grupo, o projeto Dark Energy Spectroscopic Instrument (DESI). O fato de dois estudos independentes apontarem na mesma direção aumenta o peso das novas evidências, o que tem provocado reações intensas entre os cientistas.
- Muitos especialistas ainda são céticos em relação aos resultados e indicam que mais pesquisas precisam ser realizadas.
- A equipe da Universidade Yonsei planeja realizar um “teste livre de evolução” para confirmar os resultados.
- O projeto contará com dados do Observatório Vera C. Rubin, nos Andes chilenos, que começou a operar este ano e deverá detectar mais de 20 mil novas galáxias hospedeiras de supernovas nos próximos cinco anos.
Os especialistas esperam que essas observações ajudem a esclarecer o que exatamente está ocorrendo no Universo.
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