Eternos: Um Marco Simbólico da Crise da Marvel
O filme Eternos, dirigido por Chloé Zhao, completa 4 anos desde seu lançamento e é visto como um marco simbólico da crise da Marvel. Lançado após o início da pandemia e no momento em que o estúdio passava a investir pesadamente em séries para o Disney+, o longa chegou às telas com a missão de apresentar dez novos heróis de uma só vez e expandir o universo para uma escala ainda mais cósmica.
No entanto, o resultado foi recebido de forma fria por grande parte da crítica e do público, tornando-se um ponto de inflexão na trajetória da empresa. A principal crítica envolvendo Eternos foi o ritmo lento e a dificuldade em desenvolver tantos personagens de maneira equilibrada. A narrativa fragmentada entre presente e flashbacks acabou tornando o filme mais denso, mas também menos envolvente.
- A falta de conexão emocional real com os personagens foi um dos principais problemas do filme.
- A história sobre seres criados pelos Celestiais para proteger a humanidade dos Deviantes trazia conceitos grandiosos, mas a execução não conseguiu transformar essa ideia em algo claro e impactante.
- O antagonista Kro foi especialmente criticado, sendo visto como pouco desenvolvido e sem presença dramática.
O legado de Eternos no MCU é um tema de debate. Com um elenco numeroso e uma mitologia completamente nova, o filme também foi acusado de ter um enredo excessivamente convoluto. A falta de impacto do filme dentro do próprio MCU foi outro fator levantado, com muitos fãs sentindo que o filme estava desconectado do restante da franquia.
Visualmente, o longa também dividiu opiniões. Embora Chloé Zhao tenha buscado uma estética mais naturalista, com locações reais e fotografia menos saturada, parte da audiência encarou o visual como apagado e sem o impacto esperado de um épico cósmico.
Quatro anos depois, Eternos é visto como um retrato fiel do momento em que a Marvel deixou de ser sinônimo automático de coesão, impacto e euforia para o público geral. A combinação de saturação do mercado, mudança de prioridades do estúdio e expectativas altas demais transformou o longa em símbolo da crise criativa que o MCU ainda tenta superar.
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