COP30: a moda na era da responsabilidade ambiental e social
A moda sustentável é um conceito que ganha cada vez mais espaço nas buscas digitais, representando um chamado à responsabilidade coletiva. De acordo com dados da Carta Capital, as pesquisas pelo termo “moda sustentável” cresceram 84% nos últimos meses, e as buscas por “brechós” ultrapassaram 2 milhões de acessos entre julho de 2024 e junho de 2025.
A indústria da moda é uma das mais poluentes do mundo, responsável por 8% das emissões globais de gases de efeito estufa e consumindo cerca de 93 bilhões de metros cúbicos de água por ano. Diante disso, os compromissos de mitigação dos impactos do aquecimento global discutidos na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) são de grande importância.
A COP30 representa uma oportunidade histórica para que o Brasil apresente soluções inovadoras e sustentáveis, incluindo práticas da moda que unem criatividade, tecnologia e responsabilidade ambiental. Algumas iniciativas já estão em curso, como:
- A Selvática do Amapá, que transforma resíduos de estofados em bolsas e acessórios, mostrando que o upcycling é uma alternativa viável à produção em massa.
- A Yara Couro da Amazônia, que cria o “couro verde” curtido com pigmentos naturais e taninos vegetais, reduzindo o uso de substâncias tóxicas.
- A Costura Criativa do Macapá, que capacita mulheres em situação de vulnerabilidade social, combinando geração de renda e reaproveitamento de tecidos.
A tecnologia é uma das ferramentas que permite que a moda avance na agenda climática. Ferramentas de modelagem 3D, corte automatizado e rastreabilidade via blockchain têm ajudado as marcas a reduzir desperdícios e garantir transparência nas cadeias produtivas.
Cada peça de roupa carrega uma história — de quem a fez, de como foi produzida e do impacto que gera no mundo. Essa nova consciência — de que vestir também é cuidar do clima — faz parte de uma transformação que pode estar pulsando em cada um de nós. O coletivo fará a diferença.
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