Descoberta de Morcegos Fluorescentes
Um estudo recente realizado pela Universidade de Geórgia, nos Estados Unidos, revelou que seis espécies de morcegos norte-americanos emitem um brilho verde quando expostos à luz ultravioleta (UV). Essa descoberta é surpreendente, pois os morcegos não são comumente associados à fluorescência.
Os cientistas examinaram 60 exemplares de morcegos do Museu de História Natural da Geórgia e observaram a ocorrência de fotoluminescência verde nas asas, membros inferiores e uropatágio (membrana que liga as patas traseiras e a cauda dos morcegos) das seguintes espécies:
- Morcego-marrom-grande (Eptesicus fuscus)
- Morcego-vermelho-oriental (Lasiurus borealis)
- Morcego-seminole (Lasiurus seminolus)
- Morcego-cinzento (Myotis grisescens)
- Southern myotis (Myotis austroriparius)
- Morcego-de-cauda-livre-brasileiro (Tadarida brasiliensis)
As análises espectrais revelaram um pico de emissão consistente entre 520 e 552 nm, correspondente à cor verde observada. No entanto, os cientistas ainda não sabem o motivo para a fotoluminescência. Eles sugerem que se trata de uma característica herdada geneticamente, e não algo relacionado ao ambiente em que os morcegos vivem.
A cor ser a mesma em machos e fêmeas descartou a possibilidade do brilho ser um mecanismo de reconhecimento sexual das espécies. Além disso, muitos morcegos conseguem enxergar os comprimentos de onda emitidos pela fotoluminescência, o que colabora para a teoria de que ela possa ser uma característica de um ancestral comum usada para a comunicação.
Essa particularidade dos morcegos, mesmo agora podendo ser apenas um resquício evolutivo, pode ser importante para entender as adaptações dos morcegos no passado e como elas se adequam a novas condições ambientais. Além disso, a descoberta pode inspirar novas pesquisas sobre a biologia e o comportamento desses animais fascinantes.
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