Introdução às Técnicas de Mumificação
A mumificação é um processo antigo que visa preservar os corpos após a morte, e não é exclusivo dos egípcios. Embora as múmias egípcias sejam as mais conhecidas, outras culturas ao redor do mundo também praticaram a mumificação, utilizando técnicas variadas e fascinantes.
Múmias do Sudeste Asiático
No sudeste asiático, as antigas comunidades de caçadores-coletores praticavam a mumificação por “defumação”, onde o corpo era suspenso acima de uma fogueira por um longo período, permitindo que a fumaça o preservasse. Essa técnica é considerada uma das mais antigas formas de preservação intencional de cadáveres, com registros datados de cerca de 10 mil anos atrás.
Múmias da Cultura Chinchorro
No Chile, a cultura Chinchorro é conhecida por suas múmias, que datam de cerca de 7.000 a.C., 2 mil anos antes das múmias egípcias. Os Chinchorro utilizavam três técnicas de mumificação: a mumificação natural, onde o ar árido ressecava os corpos; a técnica da “múmia preta”, onde o corpo era desmembrado, tratado com cinzas e recolocado; e a técnica da “múmia vermelha”, uma evolução da anterior, com incisões menores e mais atenção à aparência real da pessoa.
Múmias Incas
Os incas adotavam um método mais natural para suas múmias, colocando os corpos em uma posição sentada no alto das montanhas, onde o ar seco, o frio e o sol os ressecavam. Essas múmias eram então decoradas com roupas, tecidos e itens pessoais, e consideradas sagradas, acreditando-se que os mortos faziam uma transição para habitar o mesmo plano de seus ancestrais.
Múmias Budistas
No Tibete e no Himalaia, a prática do sokushinbutsu, ou automumificação, era realizada por monges budistas. Esses monges seguiam uma dieta especial, a mokujikigyō, que eliminava a gordura e os músculos do corpo, retardando a decomposição após a morte. Após a morte, os monges eram colocados em uma caixa de pinho, que era selada e deixada para que o ar salgado ressecasse o corpo naturalmente.
Múmias Egípcias
As múmias egípcias são as mais conhecidas e envolviam um processo complexo de limpeza, evisceração, dessecação, enfaixamento e adornos. O corpo era coberto com sal de natrão, ungido com óleos e resinas aromáticas, e envolto em camadas de bandagens. As múmias eram então sepultadas com amuletos e papiros, que tinham significado religioso e instruções para chegar ao mundo dos mortos.
Essas técnicas de mumificação demonstram a diversidade e a criatividade das culturas ao redor do mundo em preservar os corpos após a morte, cada uma com seu próprio significado e propósito.
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