O “Morcego Cósmico” é Avistado em Nebulosa a 10 Mil Anos-Luz
Nesta sexta-feira, 31 de outubro, os astrônomos do Observatório Europeu do Sul (ESO) divulgaram uma imagem impressionante de uma nebulosa que lembra um morcego em pleno voo. Essa imagem foi feita a partir do Observatório de Paranal, no Deserto do Atacama, no Chile, usando o Telescópio de Rastreamento do VLT (VST). A nebulosa está localizada a cerca de 10 mil anos-luz da Terra, entre as constelações de Circinus e Norma, e ocupa uma área do céu equivalente a quatro luas cheias.
A aparência misteriosa do “morcego cósmico” é devido à combinação de gás e poeira que compõem a nebulosa. As estrelas jovens dentro da nebulosa liberam energia suficiente para excitar o hidrogênio que as cerca, fazendo o gás brilhar em tons intensos de vermelho. Já os filamentos escuros que delineiam a figura do morcego são regiões mais frias e densas, repletas de poeira que bloqueia a luz das estrelas localizadas atrás delas, criando o contraste que define a forma alada.
Um Berçário Estelar
O “morcego cósmico” é, na verdade, um berçário estelar, onde novas estrelas estão nascendo. As principais regiões que compõem essa nebulosa fazem parte de um catálogo astronômico de áreas brilhantes de formação estelar. A RCW 94 forma a asa direita do morcego, enquanto a RCW 95 representa o corpo da figura. Outras porções da nuvem permanecem sem designação oficial, reforçando o caráter enigmático desse cenário cósmico.
A tecnologia por trás das imagens é impressionante. O VST, operado pelo Instituto Nacional de Astrofísica da Itália (INAF), é equipado com a OmegaCAM, uma câmera de 268 megapixels capaz de registrar amplas áreas do céu com notável nitidez. Para compor a imagem, os astrônomos combinaram dados obtidos em luz visível e infravermelho, o que permitiu revelar tanto as regiões luminosas quanto as mais densas da nebulosa.
- A imagem foi feita a partir do Observatório de Paranal, no Deserto do Atacama, no Chile.
- A nebulosa está localizada a cerca de 10 mil anos-luz da Terra.
- A RCW 94 forma a asa direita do morcego, enquanto a RCW 95 representa o corpo da figura.
Essa descoberta é um exemplo da importância da exploração do universo e da tecnologia avançada que nos permite estudar o cosmos de forma detalhada. O “morcego cósmico” é um lembrete de que o universo é cheio de mistérios e maravilhas, e que a ciência é uma ferramenta poderosa para entender e apreciar a beleza do cosmos.
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