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Leiko Ikemura: Uma Artista da Transformação

Leiko Ikemura é uma artista japonesa nascida em 1951, conhecida por sua obra que une deslocamento, delicadeza e inquietação em igual medida. Com uma formação entre Osaka e Sevilha, e posteriormente radicada na Europa, Ikemura construiu um percurso que favorece a metamorfose constante.

Sua obra é caracterizada por figuras femininas que aparecem e se desfazem como névoa, em telas de grandes dimensões. O olho percebe rostos e corpos que emergem de campos de cor rarefeitos, evitando a caricatura do feminino. Além disso, sua obra também explora a paisagem, acolhendo personagens que lembram plantas, animais e ancestrais ao mesmo tempo.

Uma Obra em Constante Evolução

A passagem entre meios é fundamental para entender a amplitude do trabalho de Ikemura. Ela pinta, desenha, modela, queima, funde, sopra. As peças de vidro inauguradas nos anos 2000 tornaram a luz uma parceira inseparável. As esculturas reagem ao ambiente e mudam com o deslocamento do visitante.

Ikemura também escreve, e recentemente reuniu cerca de 130 textos entre poemas curtos, haicais livres e ensaios breves que percorrem décadas de cadernos. A publicação inclui também reproduções de obras e imagens de exposições, funcionando como um companheiro de leitura demorada.

Reconhecimento e Circulação Internacional

Ao longo do tempo, premiações de instâncias distintas reconheceram a consistência da obra de Ikemura. O Ministério da Educação, Cultura, Esporte, Ciência e Tecnologia do Japão a premiou em 2019, entre outros prêmios. A circulação internacional confirma o alcance de sua obra, com individuais em museus como o Georg Kolbe Museum e a Feuerle Collection em Berlim, o Museum de Fundatie nos Países Baixos, e o The National Art Center em Tóquio.

Para quem verá de perto a obra de Ikemura, vale um roteiro simples: chegue sem pressa, dê alguns passos para trás nas telas grandes e depois se aproxime até quase encostar os olhos na superfície. Observe quando o rosto se forma e quando se desfaz. Essa abertura faz parte do trabalho, e o visitante sai com a sensação de que algo permaneceu em estado de formação.

  • Ikemura nunca tratou a infância como refúgio nem a paisagem como cenário.
  • Seu trabalho insiste em nascer mais de uma vez, encontrando eco em São Paulo.
  • A obra de Ikemura é um mundo que insiste em nascer mais de uma vez, com uma insistência que encontra eco em São Paulo.

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