Por que casos de câncer estão aumentando no mundo?
A cada minuto, cerca de 38 pessoas são diagnosticadas com câncer no mundo, e esse número deve aumentar para aproximadamente 67 diagnósticos por minuto até 2050, segundo estimativas da IARC (Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer) e da ACS (Sociedade Americana do Câncer). O levantamento mais recente registrou quase 20 milhões de novos casos e cerca de 10 milhões de mortes pelas diferentes formas da doença.
Segundo Luis Alberto Suárez, diretor médico de Oncologia da Pfizer para a América Latina, o aumento expressivo do câncer no mundo se deve a uma combinação de fatores, incluindo a falta de prevenção e diagnóstico precoce, o ritmo desafiador da inovação nos tratamentos e a dificuldade de garantir equidade no acesso às terapias. Além disso, o envelhecimento populacional é um dos principais fatores associados ao aumento global dos casos.
Fatores de risco
Outros fatores de risco, ligados a hábitos da população, também contribuem para o aumento dos casos, incluindo:
- Álcool: o alcoolismo pode alterar o metabolismo do fígado e aumentar o risco de câncer de cólon, esôfago e mama.
- Obesidade: a obesidade pode favorecer mudanças genéticas capazes de causar câncer, especialmente no caso do câncer de mama.
- Fumo: o tabagismo é a principal causa do tumor de pulmão, e cerca de 80% dos casos de câncer de pulmão estão relacionados ao tabagismo.
Desigualdade de acesso
A falta de acesso a diagnóstico e tratamento continua sendo um dos principais fatores por trás do aumento dos casos de câncer em todo o mundo. Uma pesquisa da OMS feita em 115 países mostra que apenas 39% deles incluíam, em 2022, aspectos básicos do tratamento oncológico entre os serviços essenciais de saúde.
Combater o aumento de casos
Manmohan Singh, Chefe Médico de Oncologia para Mercados Emergentes da Pfizer, destaca a importância das terapias-alvo, especialmente dos anticorpos monoclonais conjugados (ADCs), que combinam um anticorpo com um agente terapêutico para tratar câncer. No entanto, ele ressalta que os ADCs ainda não substituem totalmente os tratamentos tradicionais, como a radio e a quimioterapia.
Este conteúdo pode conter links de compra.
Fonte: link