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O que o sono diz sobre sua saúde mental?
Um novo estudo realizado por cientistas do Canadá e de Singapura identificou cinco tipos de sono, cada um com diferentes relações com nossas funções cerebrais e, por consequência, com nossa saúde mental. A pesquisa, publicada na revista científica PLOS Biology, analisou a associação de 118 “métricas biopsicossociais” com a qualidade do sono, incluindo desempenho cognitivo, saúde física e mental, traços de personalidade, afetos, uso de substâncias e dados demográficos.
Os dados utilizados na pesquisa se baseiam em exames cerebrais, testes cognitivos e questionários sobre sono de 770 pessoas dos Estados Unidos, com idades entre 22 e 36 anos. Os resultados mostraram que existem cinco padrões que descrevem distintos tipos de sono, cada um com comportamentos e sintomas mentais associados.
Os 5 tipos de sono
- Sono Ruim: caracterizado por maiores distúrbios do sono e processo de adormecimento mais lento, com sintomas de depressão, estresse, medo e ansiedade.
- Sono Resiliente: pessoas com sono razoavelmente bom, mas com evidentes sinais de saúde mental pior, com sintomas ligados à desatenção.
- Usuários de Auxiliares de Sono: caracterizado pelo uso de medicamentos e substâncias para dormir, com fraco desempenho em testes de memória e de reconhecimento emocional.
- Sono de Poucas Horas: aqueles que dormem menos de sete horas por noite, com baixa precisão e lento tempo de reação em testes cognitivos.
- Sono Perturbado: sono interrompido várias vezes durante a noite, com ansiedade, pior desempenho cognitivo e uso abusivo de substâncias.
Os resultados do estudo mostram que a qualidade do sono não pode ser estipulada apenas pela quantidade de horas que se dorme, e que diferentes aspectos do sono estão relacionados, mas também podem ser domínios separáveis com conexões específicas com fatores biopsicossociais. Além disso, a linha da pesquisa colabora para a ideia de que nem todas as pessoas vão se encaixar perfeitamente em um dos cinco perfis.
Manter uma rotina de sono regular, buscar ambientes escuros e silenciosos e evitar o abuso de álcool, cafeína e telas antes de dormir são medidas que podem ajudar pessoas com problemas de sono. O aprofundamento da investigação tem potencial de auxiliar médicos em tratamentos personalizados e que fujam da ideia de que um tipo único de sono encaixe para qualquer paciente.
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