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Estudo aponta com as emoções influenciam no controle de doenças crônicas como diabetes

Estudo aponta como as emoções influenciam no controle de doenças crônicas como diabetes

Um estudo recente coordenado pelo Hospital Moinhos de Vento destacou a importância de considerar as emoções dos pacientes no tratamento de doenças crônicas, como o diabetes tipo 2. A pesquisa, publicada na revista PLOS Digital Health, seguiu dez pacientes com diabetes tipo 2 ao longo de 12 meses e avaliou como as emoções vividas durante o tratamento influenciavam no controle da doença.

Embora todos os participantes apresentassem um nível adequado de literacia em saúde, os encontros mostraram que o maior desafio estava nas dimensões emocionais. Dificuldades em seguir corretamente a medicação, manter a dieta equilibrada, praticar exercícios e lidar com complicações foram frequentemente agravadas por sentimentos de desânimo, frustração e pela percepção de não serem plenamente ouvidos pelos profissionais de saúde.

As sessões educativas e o suporte multiprofissional foram apontados pelos pacientes como fundamentais para aumentar a motivação, melhorar o bem-estar emocional e fortalecer a adesão ao autocuidado. A troca entre pares também teve efeito positivo, oferecendo acolhimento e incentivo mútuo.

Outro ponto destacado pelo estudo é o papel da saúde digital como aliada no cuidado. Ferramentas de monitoramento em tempo real da glicemia, acompanhamento de hábitos diários e feedback personalizado ajudam os pacientes a compreender como suas escolhas impactam o controle do diabetes e oferecem novos espaços de expressão, reduzindo o risco de exclusão ou invisibilidade das suas vivências.

Com base nos achados, os pesquisadores propuseram quatro recomendações para tornar o cuidado em diabetes mais humano e eficaz:

  • Avaliar o nível de literacia em saúde como parte da história clínica;
  • Promover a “humildade epistêmica” na prática médica, valorizando crenças e percepções dos pacientes;
  • Oferecer apoio psicossocial e orientação em saúde, com equipes multiprofissionais;
  • Expandir a pesquisa e a formação em literacia em saúde e literacia digital.

Para os especialistas envolvidos no estudo, o sucesso no manejo do diabetes depende de reconhecer que o cuidado vai além de números e prescrições, envolvendo também emoções, vínculos e comunicação. A saúde digital pode ser um grande aliado nesse processo, criando espaços de educação, apoio e engajamento que ampliam a autonomia do paciente e fortalecem a tomada de decisão compartilhada.

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