Caso de censura na China: filme de terror tem casal gay alterado para heterossexual com IA
Um caso recente de censura na China tem gerado controvérsia após a descoberta de que o filme de terror “Together” foi alterado para transformar um casal gay em um casal heterossexual durante exibições no país. A alteração foi feita utilizando inteligência artificial (IA) para substituir o rosto de um dos noivos por uma mulher, mudando completamente o sentido da cena original.
A notícia gerou forte reação negativa entre os usuários das redes sociais, que acusaram o uso de IA para fazer a troca de rostos. Alguns espectadores afirmaram que, caso a cena tivesse sido simplesmente cortada, o impacto seria menor do que essa modificação. A distribuidora chinesa suspendeu o lançamento nacional do filme após a repercussão, alegando “mudanças no plano de distribuição”.
Contexto da censura na China
A homossexualidade é descriminalizada na China, mas ainda é alvo de estigma social e de restrições midiáticas. Nos últimos anos, o governo chinês intensificou medidas contra conteúdos relacionados à diversidade sexual, incluindo a proibição de “homens afeminados” em programas de TV. Casos semelhantes já ocorreram, como o filme “Bohemian Rhapsody” (2019), que chegou à China com cenas de beijos gays removidas, e em 2022, um diálogo de “Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore” confirmando a homossexualidade de Dumbledore foi cortado.
A utilização de IA para alterar conteúdos é um tema cada vez mais relevante, especialmente em países com restrições midiáticas rigorosas. A tecnologia pode ser usada para criar versões alteradas de filmes e outros conteúdos, o que levanta questões sobre a liberdade de expressão e a censura.
- A alteração de conteúdos com IA pode ser usada para evitar a censura, mas também pode ser utilizada para impor restrições midiáticas.
- A utilização de IA para alterar conteúdos pode ter implicações significativas para a indústria do entretenimento e para a liberdade de expressão.
- A China é um dos países que mais utilizam a censura e a IA para controlar o conteúdo midiático.
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