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Relógio do Juízo Final: conheça a “continuação” de Watchmen que salvou a DC

Relógio do Juízo Final: A Salvação da DC

Em 2017, a DC Comics anunciou o lançamento de Relógio do Juízo Final, uma minissérie que uniria o mundo autoral e crítico de Watchmen ao cânone tradicional da editora. Essa proposta ousada visava restaurar a essência da DC, que havia sido perdida durante a fase editorial conhecida como Os Novos 52.

Para entender o impacto de Relógio do Juízo Final, é necessário revisitar os anos que antecederam seu lançamento. A DC Comics estava passando por uma crise, com histórias repetitivas e sem consequências significativas. A editora também estava sendo superada pela Marvel Comics, que havia conseguido atualizar suas franquias com sucesso.

A solução encontrada pela DC foi apostar em um universo compartilhado com os cinemas e relançar a linha editorial. Em 2011, nasceram os chamados Os Novos 52, com 52 títulos reiniciados, novos uniformes e mudanças de origem. No entanto, o resultado foi negativo, com a caracterização baixo-astral e violenta do Universo DC nos filmes de Zack Snyder.

  • Casais clássicos, como Superman e Lois Lane, foram separados;
  • Equipes de legado desapareceram;
  • Grupos históricos, como a Sociedade da Justiça da América e a Legião dos Super-Heróis, foram apagados da cronologia.

Essa abordagem esvaziou a mitologia da editora e deixou os fãs mais antigos órfãos. A solução, então, foi buscar em uma das melhores histórias da DC Comics, Watchmen, para restaurar a essência da marca.

Relógio do Juízo Final: A Sequência Espiritual de Watchmen

Geoff Johns e Gary Frank criaram Relógio do Juízo Final, uma minissérie de 12 edições que serviu como o clímax da fase Renascimento (Rebirth). A trama apresenta Ozymandias em busca do Doutor Manhattan, cuja capacidade de manipular a realidade explica os apagamentos da saga Ponto de Ignição (Flashpoint) e de Os Novos 52.

Ao longo da história, descobre-se que a interferência de Manhattan eliminou décadas da linha temporal, justificando a ausência da Sociedade da Justiça, da Legião e até mesmo dos Kents na vida do Superman. No desfecho, Manhattan devolve essas memórias e reposiciona o Superman como o centro absoluto da continuidade.

Relógio do Juízo Final funcionou como um mecanismo narrativo para “reparar” as falhas do reboot e devolver ao Universo DC seu senso de legado. A minissérie não escapou de polêmicas, mas sua importância editorial foi fundamental para a reconstrução da cronologia da DC.

Com a devolução da continuidade perdida, Relógio do Juízo Final abriu caminho para a volta da Sociedade da Justiça, da Legião dos Super-Heróis e do conceito de heróis que passam seus mantos para novas gerações. Esse resgate permitiu à DC reposicionar seu universo como um palco de memória, legado e herança.

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