Gonzaguinha: Um Legado de Luta e Afeto
Gonzaguinha, cantor e compositor carioca, faria 80 anos hoje, 22 de setembro. Sua obra é um testemunho de sua postura engajada e combativa, mas também de seu lado afetuoso e sensível. Com 294 composições registradas, Gonzaguinha deixou um legado que continua a inspirar e influenciar a música brasileira.
Revelado em 1968, Gonzaguinha nunca fugiu à luta e sempre esteve nas trincheiras nas esferas política, social e comportamental. Seu álbum de estreia, lançado em 1973, já refletia a tensão da época, com canções que questionavam a ditadura e a opressão. No entanto, sua obra também é marcada por uma profunda sensibilidade e afeto, como podemos ver em canções como “Ser, fazer e acontecer” e “Ponto de interrogação”, que questionam a “dona moral” e a liberdade feminina.
- Seu legado inclui canções que se tornaram clássicos da MPB, como “Comportamento geral” e “Geraldinos e Arquibaldos”, que são consideradas obras-primas do gênero.
- Suas canções também foram interpretadas por grandes cantoras da MPB, como Maria Bethânia, Gal Costa, Simone e Elis Regina, que ajudaram a popularizar sua obra.
- Gonzaguinha também foi um defensor da música nordestina e do samba, gêneros que são profundamente enraizados em sua obra.
Hoje, sua obra continua a ser celebrada e regravada por novas gerações de artistas. Seu legado é um testemunho de sua coerência ideológica e de sua capacidade de criar canções que são ao mesmo tempo políticas e afetivas. Gonzaguinha pode ter partido cedo, mas sua música continua a viver e a inspirar, perpetuando sua memória no Brasil, palco de afetos e lutas.
Este conteúdo possui links de compra.
Fonte: link