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Como a “faxina de fim de ano” pode beneficiar sua saúde mental

Como a “faxina de fim de ano” pode beneficiar sua saúde mental

Ao final do ano, muitas pessoas sentem a necessidade de arrumar a casa, armários e gavetas, e se desfazer daquilo que já não serve mais. Embora isso pareça apenas uma tarefa prática, a “faxina de fim de ano” carrega um componente simbólico importante para a saúde mental: ela funciona como um gesto de encerramento de ciclo.

De acordo com a psicóloga Ana Lúcia Karasin, do Espaço Einstein Bem-estar e Saúde Mental, o fim do ano é um marcador temporal simbólico que nos leva a revisar, ajustar e “preparar terreno” para o próximo. Colocar a “mão na massa” e organizar o ambiente pode ser uma forma de lidar com as emoções acumuladas ao longo do ano que passou.

Esse processo também envolve a prática do desapego, que é mais do que liberar espaço no armário. É abrir espaço emocional. “Pode parecer um gesto simbólico, mas ele tem um enorme poder. Quando a pessoa se desfaz de objetos que não fazem mais sentido, ela libera espaço físico e, simbolicamente, autoriza-se a abrir espaço mental e emocional”, afirma a psicóloga.

Impacto na saúde mental

Os ambientes organizados contribuem para o bem-estar psicológico, favorecendo uma sensação de previsibilidade e segurança, pilares importantes para a regulação emocional. Além disso, a redução da ansiedade é um efeito comum nesse processo, pois organizar o ambiente devolve à pessoa a percepção de que pode intervir na própria realidade, gerando um efeito calmante e fortalecendo a autoeficácia.

Para manter esse astral ao longo do ano que se inicia, Ana Lúcia Karasin sugere pequenas práticas que ajudam a cultivar organização e bem-estar emocional de forma contínua, como:

  • Criar rituais semanais de arrumação de cinco ou dez minutos;
  • Estabelecer metas realistas, em vez de resoluções grandiosas;
  • Manter uma rotina de pausas e autorreflexão;
  • Revisar periodicamente o que merece permanecer, sejam objetos, hábitos ou até relações.

No fim das contas, a faxina de fim de ano é menos sobre a casa e mais sobre a própria pessoa. Arrumar, limpar e descartar são formas de materializar o desejo de recomeçar. Um gesto simples, mas profundamente simbólico, de se organizar para o que vem pela frente.

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