A Fraqueza da Netflix e a Corrida pelas Franquias da Warner
A Netflix, líder em streaming global, enfrenta um desafio estrutural que tem sido discutido em Hollywood nos últimos meses. Embora domine a audiência, escala global e engajamento, a empresa carece de um catálogo robusto de franquias próprias capazes de atravessar gerações.
Esse ponto foi evidenciado com o sucesso inesperado de “Caçadoras do K-Pop”, que levou a Netflix a reagir rapidamente e incorporar a produção às experiências físicas da plataforma. No entanto, para o mercado, isso escancarou uma limitação maior da empresa.
Limitações da Estratégia Atual
Ao contrário de estúdios tradicionais, a Netflix construiu seu império baseado em licenciamento. Séries como “Friends” e “The Office” ajudaram a impulsionar a plataforma no passado, enquanto sucessos recentes como “Wandinha” e “One Piece” pertencem a universos que não são controlados pela empresa.
- Parte do valor estratégico permanece fora do alcance da Netflix.
- Produções totalmente originais, como “Stranger Things”, “Bridgerton” e “Round 6”, são exploradas ao máximo.
- Essas produções representam algumas das poucas propriedades intelectuais que a Netflix controla integralmente.
A Disputa pela Warner Bros. Discovery
A Warner Bros. Discovery é dona de franquias como “Harry Potter”, “DC” e “Game of Thrones”, e é vista como o segundo maior acervo de IP de Hollywood. Controlar essa biblioteca significa acesso imediato a personagens, mundos e marcas com décadas de reconhecimento global.
A disputa envolvendo Netflix e Paramount pela Warner vai além do streaming, tratando-se de uma batalha pelo futuro do entretenimento.
Executivos e analistas do setor são claros ao apontar que a Netflix segue líder em assinantes, mas entende que o próximo passo é deixar de depender de propriedades alheias. A corrida pelas franquias da Warner não é oportunismo, mas uma tentativa de corrigir a maior fraqueza de um gigante que quer deixar de ser apenas uma plataforma e se tornar um estúdio com legado.
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