Descoberta de Fragmentos de Foguete V-2 na Polônia
Recentemente, fragmentos de um foguete V-2, também conhecido como “arma de vingança 2”, foram identificados no sudeste da Polônia, reacendendo o debate histórico sobre o uso de tecnologia avançada em guerras e terror contra populações civis.
A descoberta ocorreu nas proximidades do Parque Histórico de Blizna, um dos locais de testes desses mísseis pela Alemanha nazista durante a Segunda Guerra Mundial. A equipe de busca, composta por membros da Associação de Entusiastas Militares da Podkarpackie e autoridades locais, encontrou partes de uma turbobomba, injetores e um cone balístico praticamente intacto, todos componentes característicos do foguete V-2.
Os fragmentos encontrados incluem:
- Partes de uma turbobomba
- Injetores
- Um cone balístico praticamente intacto
A ogiva do foguete estava enterrada no solo, juntamente com parte do segundo estágio, que colidiu com o primeiro no momento do impacto. Como se tratava de uma ogiva de treinamento, não houve detonação, fator que contribuiu para a preservação dos elementos recuperados.
O Parque Histórico de Blizna foi o principal centro de testes dos foguetes V-2 após o bombardeio estratégico dos Aliados ao complexo de lançamentos de Peenemünde, na Alemanha, em 1943. A importância do local é reforçada pelas inspeções realizadas por figuras centrais do Terceiro Reich, como Heinrich Himmler, Hans Kammler e Gottlob Berger, lideranças da Schutzstaffel (organização paramilitar nazista), além do próprio ditador Adolf Hitler.
O foguete V-2 foi desenvolvido pelo engenheiro Wernher von Braun e por uma equipe do Centro de Pesquisa do Exército de Peenemünde sob a designação técnica Aggregat-4 (A4). Ele foi o primeiro míssil balístico guiado de longo alcance do mundo e entrou para a história como o primeiro objeto fabricado a ultrapassar a Linha de Kármán (limite convencional do espaço).
Entre 1944 e 1945, mais de 3 mil foguetes V-2 foram lançados contra alvos aliados, matando cerca de 9 mil civis e militares. Esse número, no entanto, não inclui as milhares de vítimas mortas durante a produção dessas armas de vingança, como trabalhadores forçados e prisioneiros de campos de concentração.
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