Restauração do Armazém Docas: Um Projeto de Valorização da Cultura Negra

O Armazém Docas André Rebouças, localizado na Pequena África, zona portuária da cidade do Rio de Janeiro, está prestes a receber um mega projeto de restauração e requalificação. Com um investimento federal de mais de R$ 86 milhões, proveniente do Fundo de Defesa dos Direitos Difusos, do Ministério da Justiça, o prédio histórico será transformado em um dos maiores complexos da América Latina de memória, cultura e valorização da população negra.

O prédio, construído em 1871, tem uma história rica e significativa, pois foi o primeiro do país a ser erguido sem o uso de mão de obra escravizada. Inicialmente conhecido como Armazém Pedro II, foi posteriormente rebatizado para homenagear o engenheiro e abolicionista negro André Rebouças, responsável pelo projeto e construção.

Objetivos do Projeto

O projeto de restauração e requalificação do Armazém Docas tem como objetivo criar um espaço que valorize a herança africana e o legado do engenheiro André Rebouças. Alguns dos principais objetivos do projeto incluem:

• Criar o Centro de Interpretação do Patrimônio Mundial Cais do Valongo, um equipamento dedicado à valorização da herança africana e do legado do engenheiro André Rebouças.
• Estabelecer o Laboratório Aberto de Arqueologia Urbana, para preservação e estudo de mais de um milhão de peças arqueológicas, incluindo aquelas encontradas durante as escavações do Sítio Cais do Valongo.
• Transformar o Armazém Docas em um espaço de referência para a cultura negra e a memória da escravidão no Brasil.

Com a assinatura do Termo de Execução Descentralizada entre o Ministério da Cultura, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e a Fundação Cultural Palmares, o projeto está prestes a se tornar uma realidade. O investimento de R$ 86 milhões será um importante passo para a preservação da história e da cultura do país.

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