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Sífilis: Um Desafio de Saúde Pública no Brasil

A sífilis continua a ser um problema de saúde pública no Brasil, com um ritmo acelerado de crescimento. De acordo com dados do Ministério da Saúde, entre 2005 e junho de 2025, foram registrados 810.246 casos de sífilis em gestantes no país. A taxa nacional de detecção alcançou 35,4 casos por mil nascidos vivos em 2024, o que revela o avanço da transmissão vertical, quando a infecção passa da mãe para o bebê.

A sífilis é uma doença mais fácil de diagnosticar, rastrear e tratar em comparação com o HIV, por exemplo. No entanto, ainda não conseguimos o enfrentamento adequado para a redução significativa entre as mulheres jovens e também em fetos recém-nascidos. A ginecologista Helaine Maria Besteti Pires Mayer Milanez, membro da Comissão Nacional Especializada em Doenças Infectocontagiosas da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), destaca que a luta para controlar os números da sífilis congênita se estende desde a década de 1980.

Causas e Consequências

Um dos principais problemas é o subdiagnóstico da infecção. O exame que se realiza para fazer a identificação da sífilis através do sangue é o VDRL, que não é específico do treponema, mas tem a vantagem de indicar a infecção e acompanhar a resposta ao tratamento. No entanto, a interpretação inadequada da sorologia do pré-natal tem sido um problema, segundo a médica.

Além disso, o não tratamento da parceria sexual é outro problema grave. Muitas vezes, os parceiros ou são inadequadamente tratados ou não tratados, e aí as bactérias continuam circulando na gestante e no parceiro que não foi tratado, reinfectando a mulher grávida e colocando em risco a criança.

Prevenção e Tratamento

A Febrasgo promove cursos de prevenção e tratamento das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) aos profissionais de saúde, além de produzir materiais técnicos de esclarecimento da população de médicos para que abordem de modo adequado as pacientes. A ginecologista Helaine Martinez participa ainda do grupo de transmissão vertical do Ministério da Saúde, que tem protocolo clínico e diretrizes terapêuticas da transmissão vertical de sífilis, HIV e hepatites virais.

Com a proximidade das festas carnavalescas, o contágio por sífilis é uma ameaça constante, porque as práticas sexuais com proteção nem sempre são utilizadas nessa época do ano. A ginecologista destaca que o abandono dos métodos de barreira tem feito crescer, infelizmente, as infecções sexualmente transmissíveis.

  • A sífilis é uma doença que pode ser prevenida com o uso de preservativos e tratada com antibióticos.
  • O diagnóstico e o tratamento precoces são fundamentais para evitar a transmissão vertical e as consequências graves para a saúde do bebê.
  • A educação e a conscientização sobre a sífilis e as ISTs são essenciais para prevenir a propagação da doença.

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