Descoberta de Evidência de Uso Intencional do Fogo
A descoberta de evidência de uso intencional do fogo por grupos humanos arcaicos é um marco importante na história da evolução humana. Arqueólogos identificaram, no sítio arqueológico de Barnham, no leste da Inglaterra, a mais antiga evidência conhecida de produção intencional de fogo, datada de aproximadamente 400 mil anos.
Os resultados, publicados na revista Nature, reposicionam a compreensão sobre a evolução cognitiva e tecnológica dos neandertais. A equipe responsável pela descoberta encontrou marcas de combustão intensa em sedimentos, ferramentas de sílex fraturadas pelo calor e fragmentos de pirita, que foi utilizado para produzir faíscas quando friccionado contra sílex.
Evidências Decisivas
As evidências decisivas para a conclusão incluem:
- Marcas de combustão intensa em sedimentos
- Ferramentas de sílex fraturadas pelo calor
- Fragmentos de pirita, utilizado para produzir faíscas
- Testes geoquímicos que indicaram temperaturas superiores a 700°C
- Análises microscópicas e espectroscópicas que comprovaram que o aquecimento ocorreu in situ
A detecção de padrões de hidrocarbonetos associados à combustão local de madeira reforçou a interpretação de uso continuado do fogo. A capacidade de criar e manter fogueiras foi um dos grandes pontos de inflexão na história humana, permitindo cozinhar alimentos, eliminar patógenos e reduzir toxinas.
Relevância Arqueológica
A robustez dos dados de Barnham constitui o conjunto mais consistente já identificado para demonstrar a produção deliberada de fogo por pré-Homo sapiens. O sítio destaca-se por reforçar a hipótese de que, há cerca de 400 mil anos, grupos humanos já se encontravam na fase inicial da “domesticação do fogo”.
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