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90% das gestantes brasileiras consomem ultraprocessados; obesidade afeta três em cada dez adultas

Obesidade e Consumo de Ultraprocessados entre Gestantes Brasileiras

Uma pesquisa recente conduzida pela Universidade de Fortaleza (Unifor) e Universidade Federal do Ceará (UFC) revelou um aumento significativo na obesidade entre gestantes brasileiras entre 2008 e 2022. A prevalência de obesidade entre gestantes adultas passou de 13,3% para 29,9%, enquanto entre adolescentes grávidas, evoluiu de 4,5% para 10,4%.

Além disso, o estudo mostrou que 90% das gestantes relataram consumir ao menos um ultraprocessado, como biscoitos recheados, salgadinhos e bebidas açucaradas, no dia anterior ao levantamento de dados. Essa prevalência é bem acima da média de 18% verificada entre a população brasileira.

Consumo de Ultraprocessados por Região

O Nordeste foi a região brasileira com maior frequência no consumo de ultraprocessados por gestantes, especialmente adultas. Entre 2015 e 2022, o consumo anual de macarrão instantâneo, salgadinho ou biscoito salgado cresceu 1,8%, enquanto o de biscoito recheado, doces ou guloseimas aumentou 1,6% na região.

Entre as gestantes adolescentes, o Nordeste também registrou um crescimento significativo no consumo de hambúrgueres e/ou embutidos, com um aumento de 4,6% ao ano.

Redução do Consumo de Bebidas Adoçadas

Embora a alta participação de ultraprocessados na alimentação de gestantes fosse esperada, o grupo de pesquisa identificou que a variação percentual do consumo de bebidas adoçadas por gestantes adolescentes diminuiu 1% no Brasil entre 2015 e 2022, e 1,6% na região Norte.

Essa mudança pode refletir os efeitos de políticas públicas e ações de educação alimentar e nutricional implementadas nos últimos anos.

Conclusão

A identificação da elevada e estável prevalência de ultraprocessados na dieta e o aumento da obesidade ressaltam a necessidade de ações de vigilância alimentar e nutricional, estratégias de prevenção e programas de educação alimentar e nutricional.

Para a equipe, investir na qualificação e ampliação da cobertura desses registros é essencial para que se possa avançar na promoção da alimentação adequada e no cuidado nutricional das gestantes.

  • Aumento da obesidade entre gestantes brasileiras entre 2008 e 2022.
  • 90% das gestantes relataram consumir ao menos um ultraprocessado.
  • Nordeste foi a região com maior frequência no consumo de ultraprocessados.
  • Redução do consumo de bebidas adoçadas entre gestantes adolescentes.

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